Um navio-escola, com bandeira do México, colidiu este fim de semana contra a ponte de Brooklyn, em Nova Iorque, provocando dois mortos e mais de 10 feridos.
Quem assistia à descida do navio pelo canal rapidamente percebeu que o mastro principal da embarcação - com 48 metros - colidiria com a ponta de 39 metros de altura. Já a bordo do navio, os acontecimentos aconteceram rápido de mais, segundo reporta uma das pessoas a bordo à ABC.
“A verdade é que a situação foi muito, muito feia. Não sei como é que eles manobraram [o navio], mas começámos a ir, literalmente, contra a doca. Comecei a gritar: 'Vamos contra a doca, vamos contra a doca'. Mas ninguém reagiu, foi demasiado rápido”, conta este membro da tripulação do Cuauhtémoc.
O homem recorda ainda a queda de um tripulante do mastro, que se encontrará em estado muito grave.
"Todos os conveses do navio estavam cobertos de sangue, os três mastros estavam desfeitos em pedaços, os cabos estavam todos rebentados. Foi horrível", acrescenta, descrevendo os primeiros momentos após o impacto.
Numa "correria" para tentar salvar o maior número possível de pessoas, diz, os contramestres tiveram de subir aos mastros partidos para salvar os cadetes que tinham sido deixados neles.
Recorde-se que um navio-escola da Armada mexicana, com cerca de 277 pessoas a bordo, segundo a Armada mexicana, colidiu no sábado com a parte inferior da ponte de Brooklyn, em Nova Iorque.
De acordo com imagens registadas por testemunhas e partilhadas nas redes sociais, os três mastros do navio partiram-se, um a seguir ao outro, à medida que foram embatendo na ponte, com o navio a navegar de ré.
O acidente está a ser investigado, para que sejam apuradas as causas do mesmo. As autoridades americanas investigam possíveis "problemas mecânicos" ou "perda de eletricidade" como causas possíveis.
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