Ucrânia espera fim da guerra mas avisa que mantém capacidade de combate

O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, que liderou a delegação de Kyiv nas negociações com Moscovo, defendeu hoje o fim da guerra o mais depressa possível, mas avisou que o seu país mantém a capacidade de combater.

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© Andrii Nesterenko/Global Images Ukraine via Getty Images

Lusa
16/05/2025 19:26 ‧ há 8 horas por Lusa

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"A Ucrânia está focada nas pessoas, e podemos continuar a lutar, mas, em última análise, precisamos de acabar com esta guerra", declarou Umerov na televisão ucraniana, após as primeiras negociações diretas com Moscovo desde 2022, realizadas hoje em Istambul, na Turquia.

 

O ministro ucraniano indicou como objetivo de um futuro encontro a presença das partes ao mais alto nível, neste caso os Presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da Rússia, Vladimir Putin.

"Acredito que o próximo passo é organizar uma reunião ao nível da liderança ", disse o ministro da Defesa, destacando a disponibilidade contínua de Zelensky, ao contrário de Putin, que não viajou para a Turquia, enviando uma delegação chefiada por um dos seus conselheiros presidenciais.

Ao fim de menos de duas horas de reunião, os negociadores russos e ucranianos anunciaram uma troca de 1.000 prisioneiros de cada lado e discutiram a possibilidade de um cessar-fogo e de um encontro entre Putin e Zelensky, mas ainda sem acordo.

Após o encontro, o Presidente ucraniano e os chefes de Governo de França, Alemanha, Reino Unido e Polónia conversaram por telefone com o líder norte-americano, Donald Trump.

"A Ucrânia está pronta para tomar medidas o mais rapidamente possível para alcançar a paz real, e é importante que o mundo mantenha uma posição forte", afirmou Zelensky nas redes sociais a seguir ao telefonema conjunto.

A mensagem do líder ucraniano surge acompanhada de uma imagem que mostra o momento da ligação telefónica, com a presença do homólogo francês, Emmanuel Macron, do chanceler alemão, Friedrich Merz, e dos primeiros-ministros britânico, Keir Starmer, e polaco, Donald Tusk.

Zelensky reiterou que a posição da Ucrânia é manter a pressão sobre a Rússia até que "esteja pronta para acabar com a guerra", afirmando que acredita que "se os russos rejeitarem um cessar-fogo completo e incondicional e o fim dos assassínios", merecem fortes sanções.

Após o telefonema conjunto com Trump, os líderes europeus indicaram que a posição da Rússia nas negociações de cessar-fogo com a Ucrânia é inaceitável e pretendem coordenar uma resposta sobre as novas etapas.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

Leia Também: Tusk acusa Rússia de interromper negociações e recusar cessar-fogo

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