"A Ucrânia está focada nas pessoas, e podemos continuar a lutar, mas, em última análise, precisamos de acabar com esta guerra", declarou Umerov na televisão ucraniana, após as primeiras negociações diretas com Moscovo desde 2022, realizadas hoje em Istambul, na Turquia.
O ministro ucraniano indicou como objetivo de um futuro encontro a presença das partes ao mais alto nível, neste caso os Presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da Rússia, Vladimir Putin.
"Acredito que o próximo passo é organizar uma reunião ao nível da liderança ", disse o ministro da Defesa, destacando a disponibilidade contínua de Zelensky, ao contrário de Putin, que não viajou para a Turquia, enviando uma delegação chefiada por um dos seus conselheiros presidenciais.
Ao fim de menos de duas horas de reunião, os negociadores russos e ucranianos anunciaram uma troca de 1.000 prisioneiros de cada lado e discutiram a possibilidade de um cessar-fogo e de um encontro entre Putin e Zelensky, mas ainda sem acordo.
Após o encontro, o Presidente ucraniano e os chefes de Governo de França, Alemanha, Reino Unido e Polónia conversaram por telefone com o líder norte-americano, Donald Trump.
"A Ucrânia está pronta para tomar medidas o mais rapidamente possível para alcançar a paz real, e é importante que o mundo mantenha uma posição forte", afirmou Zelensky nas redes sociais a seguir ao telefonema conjunto.
A mensagem do líder ucraniano surge acompanhada de uma imagem que mostra o momento da ligação telefónica, com a presença do homólogo francês, Emmanuel Macron, do chanceler alemão, Friedrich Merz, e dos primeiros-ministros britânico, Keir Starmer, e polaco, Donald Tusk.
Zelensky reiterou que a posição da Ucrânia é manter a pressão sobre a Rússia até que "esteja pronta para acabar com a guerra", afirmando que acredita que "se os russos rejeitarem um cessar-fogo completo e incondicional e o fim dos assassínios", merecem fortes sanções.
Após o telefonema conjunto com Trump, os líderes europeus indicaram que a posição da Rússia nas negociações de cessar-fogo com a Ucrânia é inaceitável e pretendem coordenar uma resposta sobre as novas etapas.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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