Peritos alertam para falta de defensores dos direitos das mulheres na Europa

O Grupo de Peritos para o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica (Grevio), do Conselho da Europa, alertou para um "espaço cada vez menor para os defensores dos direitos das mulheres".

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Lusa
14/05/2025 22:21 ‧ há 4 horas por Lusa

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Grevio

"Grevio notou repetidamente insuficiências no apoio prestado às ONG [organizações não-governamentais] de direitos das mulheres, e até mesmo tendências preocupantes que chegam a reprimir o movimento das mulheres", sublinharam os especialistas independentes no seu relatório, citado hoje pela agência France-Presse (AFP).

 

Responsável por garantir a implementação da Convenção de Istambul --- o primeiro tratado internacional a estabelecer normas juridicamente vinculativas para prevenir a violência contra as mulheres --- que entrou em vigor em 2014, este grupo de especialistas estudou o papel das ONG em países signatários como a Albânia, França, Finlândia e Suécia no ano passado.

"Esta redução do espaço dado às ONG não surge do nada. O contexto é também de uma redução generalizada dos direitos fundamentais", explicou a presidente da Grevio, Maria-Andriani Kostopoulou, manifestando preocupação com a ascensão da extrema-direita na Europa.

As medidas de austeridade também levaram a uma redução do financiamento das ONG, destacaram os peritos.

O presidente do grupo de peritos recordou o "impacto negativo" que o congelamento de Donald Trump no financiamento da USAID, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, teve no funcionamento das associações.

"Na Grécia, por exemplo, há ONG de direitos das mulheres que operam há décadas (...) e estão prestes a fechar", detalhou.

"As ONG de menor dimensão que prestam serviços de apoio a mulheres e raparigas de comunidades específicas, como as mulheres migrantes" e as vítimas de violência genital ou casamentos forçados "têm dificuldade em obter reconhecimento oficial ou parceria com as autoridades ou em aceder a financiamento público", sublinhou o organismo europeu.

O Grevio referiu ainda o "amordaçamento e a intimidação" de ativistas, incluindo jornalistas.

Com 46 países-membros, o Conselho da Europa é o órgão de fiscalização da democracia e dos direitos humanos neste continente.

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