"Está a desenvolver-se uma propaganda anti-húngara cada vez mais forte na Ucrânia", denunciou Szijjártó num vídeo publicado nas redes sociais.
O ministro disse que a Hungria não vai tolerar campanhas de difamação contra o país e contra o povo húngaro.
"É por isso que hoje expulsámos dois espiões que trabalhavam sob disfarce diplomático na embaixada ucraniana em Budapeste", acrescentou, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
A notificação sobre a expulsão dos dois diplomatas, cuja identidade não foi revelada, já foi entregue ao embaixador ucraniano em Budapeste.
O anúncio da expulsão ocorreu pouco depois de o Serviço de Segurança Ucraniano (SBU) ter anunciado a detenção de dois alegados membros de uma rede de espionagem coordenada pelos serviços secretos militares húngaros.
As detenções ocorreram na região da Transcarpátia, na fronteira com a Hungria.
O SBU disse que os dois detidos forneceram informações sobre possíveis reações do exército e da população local a um eventual destacamento de tropas magiares para a região.
"A célula recolheu informações sobre a segurança militar na região da Transcarpátia, procurou vulnerabilidades nas defesas terrestres e aéreas da região e estudou opiniões sociopolíticas", acrescentou o SBU.
Após o anúncio, Szijjártó afirmou que se trata de propaganda anti-húngara por parte de Kyiv.
O Governo do ultranacionalista Viktor Orbán é um dos executivos da União Europeia (UE) mais próximos de Moscovo.
Desde que a Rússia atacou a Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Hungria tem-se recusado a enviar armas e ajuda militar para o país vizinho.
As relações entre a Hungria e a Ucrânia são tensas, uma vez que Kyiv acusa Budapeste de apoiar Moscovo.
A Hungria acusa a Ucrânia de não respeitar os direitos das minorias do país, incluindo cerca de 150 mil magiares.
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