Conclave. Desinformação online pretende desacreditar candidatos

A desinformação que circula 'online' sobre a reunião dos cardeais para a eleição do sucessor do Papa Francisco tem gerado confusão, com o objetivo de desacreditar os candidatos, segundo a EuroVerify. 

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© REUTERS/Murad Sezer

Lusa
07/05/2025 12:39 ‧ ontem por Lusa

Mundo

EuroVerify

De acordo com o meio de comunicação, "a ocasião tem sido manchada por uma séria de falsas alegações e teorias da conspiração que têm circulado na internet nas últimas semanas". 

 

Por exemplo, no dia 21 de abril, uma notícia falsa com o título "Breaking: cardeal Tagle eleitor Papa Luís I" afirmava que o cardeal Luís António Tagle, das Filipinas, tinha sido escolhido.

Em rede sociais como o TikTok e o Facebook também têm circulado alegações falsas de que o cardeal Robert Sarah -- considerado um dos favoritos entre os cardeais mais conservadores -- foi eleito Papa, sendo que uma publicação com origem numa conta falsa afirmava: "Notícia de última hora: novo papa acaba de ser anunciado".

Esta publicação era acompanhada por uma fotografia gerada por inteligência artificial (IA) que mostrava o cardeal Sarah com as vestes papais, tendo como pano de fundo o Vaticano.

Uma pesquisa reversa pela imagem mostra que não há provas publicadas de que o cardeal Sarah tenha alguma vez usado o traje, e a fotografia é assinalada como tendo sido manipulada por IA por três ferramentas de deteção de IA consultadas pela EuroVerify.

Neste sentido, todas as alegações deste género não são verdadeiras, pois só hoje é que o conclave se reunirá para decidir quem assumirá o cargo de novo líder da igreja católica. 

Outro cardeal considerado um dos favoritos para ser o próximo Papa é o italiano Pietro Parolin, que também foi alvo de uma série de notícias falsas sobre o declínio da sua saúde, tendo os meios de comunicação italianos amplificado esta notícia com origem em 'sites' norte-americanos.

Um porta-voz da sala de imprensa da Santa Sé, citado pela EuroVerify, desmentiu estas afirmações durante uma conferência de imprensa na sexta-feira, ao mesmo tempo que um comunicado referia que "durante o encontro com os jornalistas, o diretor de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, refutou a hipótese de o cardeal Pietro Parolin ter adoecido, especificando que tal incidente não tinha ocorrido. Negou também o envolvimento de pessoal médico ou de enfermagem".

Também tem circulado na internet uma imagem falsa que imita um artigo de opinião do jornal britânico The Guardian intitulado: "O próximo Papa tem de ser muçulmano ou haverá violência nas ruas da Europa".

Este artigo é falsamente atribuído à jornalista Yasmin Alibhai-Browm, tendo a jornalista como o jornal desmentido a publicação que nunca existiu.

De acordo com especialistas consultados pela EuroVerify, os falsos rumores pretendem desacreditar os candidatos no período que antecede uma nova nomeação, tendo inclusive o Papa Francisco enfrentado notícias semelhantes aquando da sua nomeação, em 2013.

Leia Também: Cardeal chileno documenta conclave nas redes. Até a lavagem da camisa

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