Bomba do M23 mata pelo menos 11 civis no nordeste da RDCongo

Pelo menos onze civis foram mortos hoje na explosão de uma bomba lançada pelo grupo rebelde Movimento 23 de março (M23) numa cidade do nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), anunciaram as autoridades locais.

Notícia

© Lusa

Lusa
08/03/2025 15:48 ‧ 08/03/2025 por Lusa

Mundo

RDCongo

"Temos um balanço de onze civis mortos após um bombardeamento dos rebeldes do M23, que não respeitam qualquer noção de direitos humanos", disse o administrador do território de Masisi, coronel Remy Matadi Zola, à agência espanhola de notícias, a Efe, referindo-se ao atentado que ocorreu na cidade de Ngesa, localizada no território de Masisi, na província de Kivu do Norte.

 

"Saíram da linha da frente onde estavam a lutar contra as nossas forças Wazalendo (milícias que apoiam o exército congolês) e os patriotas para atacar estes civis em Ngesa; a bomba caiu sobre uma casa", afirmou Zola, acrescentando que este foi "um ato deliberado dos rebeldes".

O M23, que é apoiado pelo Ruanda - segundo a ONU e países como os Estados Unidos, a Alemanha e a França -- tomou, no fim de semana de 15 e 16 de fevereiro, Bukavu, a capital estratégica do Kivu do Sul, vizinha do Kivu do Norte, cuja capital, Goma, também ocupou em 27 de janeiro.

O grupo controla agora as capitais destas duas províncias que fazem fronteira com o Ruanda e são ricas em minerais como o ouro e o coltan, essenciais para a indústria tecnológica e para o fabrico de telemóveis.

O número de mortes causadas pelo conflito em Goma e arredores ultrapassou as 8.500 desde janeiro deste ano, declarou o ministro congolês da Saúde Pública, Samuel Roger Kamba, em 27 de fevereiro.

Três dias antes, a primeira-ministra da RDCongo, Judith Suminwa, declarara em Genebra que, de acordo com os números do Ministério da Saúde Pública, desde janeiro de 2025 o conflito causou a morte de mais de 7.000 congoleses, dos quais 2.500 foram enterrados sem terem sido identificados.

A atividade armada do M23 - um grupo constituído principalmente por tutsis vítimas do genocídio ruandês de 1994 - recomeçou em novembro de 2021, com ataques relâmpagos contra o exército congolês no Kivu do Norte.

Desde então, o grupo avançou em várias frentes, fazendo temer uma possível guerra regional.

Desde 1998, o leste da RDCongo está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão de paz da ONU (Monusco).

Leia Também: Pelo menos 35 civis mortos por milícias pró-governamentais na RDCongo

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas