Criador do Telegram diz que só sob custódia teve consciência de acusações

O fundador da plataforma de mensagens Telegram disse em tribunal que só sob custódia policial teve consciência de todas as acusações contra a sua plataforma, foi noticiado este sábado por agências internacionais.

Telegram founder and CEO Pavel Durov delivers his keynote conference during day two of the Mobile World Congress at the Fira Gran Via complex in Barcelona, Spain on February 23, 2016. The annual Mobile World Congress hosts some of the world's largest comm

© Getty Images

Lusa
18/01/2025 12:45 ‧ 18/01/2025 por Lusa

Tech

Telegram

Em dezembro, perante um tribunal, Pavel Durov rejeitou que tivesse criado o Telegram, com o seu irmão, em 2013, "para criminosos", mas admitiu que a sua presença na plataforma, ainda que, segundo o próprio, seja pequena, "também aumentou".

 

As declarações de Durov, que nasceu na Rússia e possui várias nacionalidades -- incluindo a francesa -- foram feitas em dezembro, perante juízes de instrução em França e são hoje citadas pela agência France-Presse (AFP), que teve acesso a fontes ligadas ao processo.

Os juízes identificaram cerca de 15 grupos com atividades ligadas à pedofilia, à droga, fraude ou venda de armas, o que levou o presidente da plataforma a ser indiciado por cumplicidade com atividade criminosa no final de agosto.

Durov rejeitou que o Telegram permita mais facilmente que a 'darkweb' o acesso a plataformas ilegais e argumentou que são eliminadas todos os meses entre 15 e 20 milhões de contas e entre um e dois milhões de canais ou grupos.

O administrador disse estar "pessoalmente revoltado" com estas violações, que considerou "más para a sociedade e para o negócio".

A empresa tem sede no Dubai e anunciou lucros pela primeira vez em dezembro, mas Durov registou que continua com uma dívida de 2.000 milhões de dólares (1.946 milhões de euros).

Pavel Durov acrescentou que a empresa está "empenhada em melhorar" os seus processos de moderação, repetindo as promessas feitas em setembro e que foram saudadas pelo chefe de Estado francês, Emmanuel Macron.

O Telegram tem aumentado a sua colaboração com as autoridades em França nos últimos meses. No primeiro trimestre de 2024, a plataforma respondeu a quatro pedidos judiciais, um número que cresceu para 673 nos últimos três meses desse ano.

No primeiro semestre, a plataforma cedeu informações para identificação de mais de 10.000 utilizadores a nível global.

Leia Também: Colaboração da Telegram e polícia francesa sobe após detenção do fundador

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