De acordo com o chefe da diplomacia de Israel trata-se de uma medida necessária por razões de segurança face à indefinição que reina na Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad.
"Sublinho que se trata de uma medida muito limitada e temporária, que tivemos de tomar por razões de segurança", disse Gideon Saar em conferência de imprensa.
Israel ordenou no domingo aos habitantes de cinco cidades sírias situadas na zona desmilitarizada entre a Síria e os Montes Golã, ocupada por Israel desde 1967, que permanecessem nas suas casas devido aos combates contra os rebeldes na zona.
"Os combates na vossa zona obrigam o Exército a deslocar-se e não temos qualquer intenção de vos fazer mal. Para vossa segurança, permaneçam nas vossas casas e não saiam até nova ordem", referia um comunicado do porta-voz militar israelita em língua árabe, Avichay Adraee.
Entre as cidades sujeitas ao recolher obrigatório israelita encontra-se Quneitra, a capital da província dos Montes Golã capturada pela oposição síria.
Adraee apelou igualmente aos habitantes de Hmidaia, Samdaniya, Qahtania e Ufaniya para permanecerem em casa.
No domingo, a oposição síria declarou Damasco "livre" do Presidente Bashar al-Assad, após 12 dias de ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islâmico Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe), juntamente com outras fações apoiadas pela Turquia.
O Presidente sírio, que esteve no poder 24 anos, deixou o país perante a ofensiva e encontra-se na Rússia, segundo as agências de notícias russas TASS e Ria Novost.
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