Os detidos são, na quase totalidade, suspeitos de pilhagens e roubos com violência em estabelecimentos comerciais e casas particulares, disseram fontes do ministério, citadas pela agência de notícias espanhola Europa Press.
As inundações de terça-feira da semana passada afetaram zonas comerciais inteiras de diversas localidades dos subúrbios da cidade espanhola de Valência, havendo relatos de pilhagens e saques logo desde o primeiro dia.
Numa declaração ao país no sábado passado, o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, disse que a manutenção da ordem pública e da segurança nas zonas afetadas pelas cheias era uma das prioridades imediatas das autoridades no terreno, atendendo a esses relatos de pilhagens e roubos em áreas que estavam sem eletricidade, com acessos cortados ou ruas enlameadas.
Sánchez anunciou nesse dia um reforço da presença de militares e de elementos das forças de segurança do Estado nas zonas afetadas, para trabalhos de resgate e limpeza, ajuda às populações e garantia da segurança pública.
Estão no terreno cerca de 7.000 militares e mais de 10 mil polícias e elementos da Guarda Civil, no maior dispositivo de sempre na história de Espanha "em tempos de paz", disse o primeiro-ministro.
O leste de Espanha, em especial a região de Valência, foi atingido na terça-feira por um temporal que causou, provavelmente, as maiores inundações da Europa neste século, disse Sánchez no mesmo dia, reconhecendo haver uma "situação trágica".
Há até agora 217 mortos confirmados e dezenas de famílias continuam a procurar pessoas desaparecidas, segundo as autoridades.
Além das vítimas mortais, o temporal causou danos em infraestruturas de abastecimento, comunicações e transportes.
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