O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, afirmou em conferência de imprensa que "o embargo dos Estados Unidos contra Cuba causou grandes danos ao desenvolvimento económico e social do país e à vida do seu povo".
O representante da diplomacia chinesa instou Washington a "retirar Havana da lista de países que apoiam o terrorismo", algo que "responde aos interesses comuns dos Estados Unidos e de Cuba e dos povos de ambos os países, e que favoreceria a estabilidade e o desenvolvimento da região e que é também um pedido universal da comunidade internacional", explicou.
Lin afirmou que China e Cuba "são bons amigos, bons camaradas e bons irmãos" e que Pequim "simpatiza com as dificuldades atuais de Cuba".
"Acreditamos que, sob a liderança firme do Partido Comunista de Cuba, o povo cubano conseguirá, sem dúvida, ultrapassar as dificuldades temporárias e fazer avançar a causa do socialismo", acrescentou o porta-voz.
O terceiro apagão total do Sistema Elétrico Nacional (SEN) de Cuba em menos de 72 horas, no domingo, voltou a frustrar as tentativas de restabelecer um serviço básico que entrou em colapso há três dias, após semanas de agravamento da crise energética que se arrasta há anos no país das Caraíbas.
Os apagões são comuns há anos, mas a situação agravou-se nas últimas semanas. Nos últimos dias, houve dias com picos de apagões superiores a 50%, ou seja, momentos em que metade do país ficou simultaneamente sem eletricidade.
Os frequentes apagões estão a prejudicar a economia cubana, que registou uma contração de 1,9 % em 2023, e a alimentar o descontentamento social numa sociedade afetada por uma crise económica que se agravou nos últimos anos.
A China, principal aliado político de Cuba, doou nos últimos meses componentes e vários parques fotovoltaicos completos à ilha das Caraíbas.
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