"Vamos criar um batalhão de tanques em conjunto com a Alemanha, porque vamos comprá-los lá e eles também vão ficar estacionados na Alemanha para que possamos aprofundar a nossa formação e cooperação bem-sucedida dos últimos anos", explicou o ministro depois de se ter reunido com o seu homólogo alemão, Boris Pistorius.
Berkelmans recordou que os Países Baixos tiveram de vender os seus tanques em 2011, o que não foi uma decisão fácil mas necessária.
O ministro explicou que o seu país vai comprar, numa primeira fase, 46 tanques alemães Leopard 2A8, o modelo mais moderno, apesar de um batalhão ser normalmente composto por 52
Haia "quer deixar espaço para a inovação", procurando criar novos modelos de gestão, explicou o governante, dando o exemplo da guerra na Ucrânia, onde as tropas terrestres precisam de ser complementadas por tanques e também por veículos não tripulados, como drones.
"Queremos encorajar a indústria a investir em inovações em dispositivos não tripulados, Mas se a indústria disser que precisa de muito tempo ou que não podemos ser tão eficazes, compraremos mais seis mais tarde", para completar o batalhão, disse Berkelmans.
Pistorius sublinhou que a Alemanha e os Países Baixos já dispõem de uma unidade blindada mista, que é única na sua configuração na Europa e está em funcionamento há oito anos.
"Agora querem formar o vosso próprio batalhão e, para além de termos todo o gosto em ajudá-los, propusemos colocá-lo na Alemanha", disse.
A entrega dos primeiros tanques está prevista para 2027. A partir de 2030, o exército holandês voltará a ter o seu próprio batalhão blindado, com cerca de 500 soldados. Para o efeito, serão investidos cerca de 2,5 mil milhões de euros.
A Alemanha e os Países Baixos estão a ponderar conjuntamente se o novo batalhão holandês deverá ficar estacionado em Bergen-Hohne, no estado da Baixa Saxónia, no norte da Alemanha.
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