EUA saúdam acordo entre Reino Unido e Maurícias sobre Chagos

O governo norte-americano celebrou hoje a assinatura de um acordo entre o Reino Unido e as Maurícias para devolver o estratégico arquipélago das Chagos, que prevê a manutenção de uma base conjunta EUA-Reino Unido numa das ilhas.

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© John McDonnell/Getty Images

Lusa
22/05/2025 23:13 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Estados Unidos

"Este acordo garante o funcionamento estável, eficaz e a longo prazo da instalação militar conjunta EUA-Reino Unido em Diego Garcia, que é essencial para a segurança regional e global", afirmou na rede social X o secretário de Estado norte-americano (equivalente a ministro dos Negócios Estrangeiros), Marco Rubio.

 

"Valorizamos a dedicação de ambas as partes. Os Estados Unidos (EUA) aguardam com expectativa o nosso trabalho conjunto contínuo para garantir o sucesso das nossas operações partilhadas", acrescentou o chefe da diplomacia norte-americana.

Antes, Rubio tinha descrito um acordo inicial britânico-maurício como uma "grave ameaça" à segurança dos EUA, antes de serem aprovadas revisões no texto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

Segundo este acordo, Londres irá arrendar o controlo da base militar Diego Garcia por 101 milhões de libras (cerca de 120 milhões de euros) anuais por um período de 99 anos.

O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) decidiu, há cinco anos, que Londres devia terminar "o mais rapidamente possível" a sua administração de Chagos, após concluir que o arquipélago "não foi adequadamente separado das Maurícias após a sua descolonização".

Para o TIJ, o processo "não foi legalmente concluído quando o país conquistou a independência em 1968", uma vez que a separação também não se baseou "na livre e genuína expressão da vontade do povo em questão".

Londres manteve o controlo das ilhas Chagos quando as Maurícias se tornaram independentes do Reino Unido em 1968.

Cerca de 2.000 habitantes do arquipélago foram expulsos nos anos seguintes, nomeadamente de Diego Garcia, que foi utilizada como plataforma para bombardeiros de longo alcance e navios durante as guerras do Afeganistão e do Iraque.

Após anos de negociações, Londres aceitou, em outubro, reconhecer a soberania das Maurícias sobre o arquipélago de Chagos, na condição de o Reino Unido manter a sua base militar conjunta com os Estados Unidos na ilha de Diego Garcia.

A finalização do acordo foi atrasada pela chegada de Donald Trump à Casa Branca e pela mudança de primeiro-ministro nas Maurícias.

No início de abril, o Presidente norte-americano anunciou finalmente a sua aprovação do acordo.

Leia Também: Rubio abstém-se de tratar Putin como "criminoso de guerra"

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