Já foram identificados os dois funcionários da embaixada de Israel nos Estados Unidos mortos a tiro, na noite de quarta-feira, em frente ao Museu Judaico de Washington.
A embaixada partilhou uma imagem das duas vítimas do tiroteio - Yaron Lischinsky e Sarah Milgrim.
"Yaron e Sarah eram nossos amigos e colegas. Estavam no auge das suas vidas. Toda a equipa da embaixada está de coração partido e devastada pelo seu assassinato. Não há palavras para expressar a profundidade da nossa dor e horror perante esta perda devastadora", escreveu a embaixada de Israel numa nota divulgada nas redes sociais.
O Times of Israel adiantou que Lischinsky, de 28 anos, trabalhava no departamento político. Tinha um mestrado em Governo, Diplomacia e Estratégia pela Universidade de Reichman e uma licenciatura em Relações Internacionais pela Universidade Hebraica.
A segunda vítima, além de também trabalhar na embaixada, era namorada de Lischinsky e o casal estaria prestes a a ficar noivo, o que deveria acontecer na próxima semana em Jerusalém - uma vez que Lischinsky tinha comprado uma anel.
Milgrim trabalhava no departamento de diplomacia pública e tinha um mestrado em estudos internacionais pela American University e um mestrado adicional em recursos naturais e desenvolvimento sustentável pela Universidade Para a Paz.
Yaron and Sarah were our friends and colleagues. They were in the prime of their lives.
— Embassy of Israel to the USA (@IsraelinUSA) May 22, 2025
This evening, a terrorist shot and killed them as they exited an event at the Capital Jewish Museum in DC.
The entire embassy staff is heartbroken and devastated by their murder. No words… pic.twitter.com/2HytKDp8Fr
Recorde-se que o principal suspeito do crime já foi detido e gritou "Palestina livre, livre" já sob custódia policial.
Em conferência de imprensa, a chefe da polícia de Washington, Pamela Smith, adiantou que o suspeito foi identificado como Elias Rodriguez, de 30 anos, de Chicago.
As vítimas estavam a sair do museu, que estava a acolher um evento, quando foram mortas.
Segundo explicou a responsável. o suspeito estava a andar de um lado para o outro no exterior do museu quando se aproximou de um grupo de quatro pessoas e abriu fogo. De seguida, entrou no museu, onde foi detido.
O diretor do FBI, Kash Patel, afirmou que a agência estava a trabalhar com a polícia para obter mais informações e pediu orações para as vítimas e as suas famílias.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou a violência. "Estes horríveis assassínios em Washington, obviamente motivados pelo antissemitismo, têm de acabar AGORA!", escreveu Trump na rede social Truth Social.
"O ódio e o radicalismo não têm lugar nos Estados Unidos", acrescentou.
O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, classificou o ataque como um "ato perverso de terrorismo antissemita", numa publicação na X.
Já o presidente israelita, Isaac Herzog, disse estar "devastado" com este "ato desprezível de ódio, de antissemitismo", enquanto o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que ordenou o reforço das medidas de segurança nas missões diplomáticas israelitas no mundo.
De realçar que o diretor executivo do Comité Judaico Americano (American Jewish Committee), Ted Deutch, disse à emissora norte-americana ABC que este grupo organizou um evento no museu, na quarta-feira à noite.
"Estamos devastados por um ato hediondo de violência que ocorreu fora do recinto. Neste momento, enquanto aguardamos mais informações da polícia sobre o que aconteceu, a nossa atenção e os nossos corações estão com as vítimas e as suas famílias", acrescentou Deutch.
Leia Também: Alemanha, Reino Unido e França condenam assassinato de israelitas nos EUA