Produtora de bananas no Panamá despede Milhares de trabalhadores em greve

A produtora de bananas Chiquita Panamá anunciou que vai despedir os trabalhadores em greve desde 28 de abril na província costeira Bocas del Toro, após dias de diálogo entre o Governo e o sindicato.

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Lusa
23/05/2025 06:06 ‧ há 8 horas por Lusa

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Chiquita Panamá

"Após o abandono injustificado do trabalho nas nossas explorações agrícolas e centros de operações desde 28 de abril, que se mantém até esta data, procedemos ao despedimento de todos os nossos trabalhadores diários", afirmou a empresa.

 

O comunicado da empresa, divulgado na quinta-feira, não revelou o número de funcionários que serão despedidos.

Uma fonte que pediu para não ser identificada disse à agência de notícias EFE que quase cinco mil trabalhadores serão afetados.

"Até à data, as nossas explorações foram completamente abandonadas durante 24 dias, resultando em perdas superiores a pelo menos 75 milhões de dólares [66,4 milhões de euros] e danos irreversíveis na produção", lamentou a Chiquita Panamá.

Na quinta-feira, o Presidente do Panamá, José Raúl Mulino, tinha exigido o fim da greve, que descreveu como ilegal, até ao meio-dia (18:00 de quinta-feira em Lisboa).

Estes sindicatos aderiram a uma greve, liderada por trabalhadores da construção civil e professores contra uma série de iniciativas do Governo, especialmente uma reforma da segurança social, que consideram prejudicial às suas pensões.

Há mais de dez dias que uma delegação governamental, liderada pelos ministros do Trabalho e do Comércio, mantinham negociações com o sindicato dos trabalhadores da banana.

Saúl Méndez, líder do sindicato da construção civil, Suntracs --- considerado o mais poderoso do país ---, procurou refúgio na quarta-feira na embaixada da Bolívia, alegando perseguição política, acusação que o Governo nega.

O país andino concedeu-lhe "proteção temporária" enquanto pondera um pedido de asilo.

Horas depois, o Ministério Público ordenou a detenção de "cidadãos panamianos no âmbito de uma investigação criminal que remonta a 2022", após uma "denúncia apresentada por antigos trabalhadores de projetos de construção (...) que estavam afiliados na Suntracs".

A imprensa local indica que entre estes cidadãos estão 11 dirigentes do Suntracs, incluindo Saúl Méndez.

Genaro López, que liderou o Suntracs durante 20 anos e foi candidato à Presidência do Panamá, foi detido na quinta-feira, acusado de fraude, branqueamento de capitais e conspiração criminosa.

"Não tenho nada a esconder, sou inocente e vítima de perseguição política", disse o sindicalista de 70 anos, depois de ter sido algemado.

Leia Também: Panamá e Venezuela retomam voos após suspensão por tensões políticas

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