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ONU diz que situação no Líbano é "extremamente preocupante"

As Nações Unidas classificaram hoje a situação no Líbano como "extremamente preocupante", depois de explosões de 'pagers' portáteis no país terem matado pelo menos oito pessoas e ferido mais de 2.800 membros do movimento xiita Hezbollah.

ONU diz que situação no Líbano é "extremamente preocupante"
Notícias ao Minuto

19:21 - 17/09/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou em conferência de imprensa que os acontecimentos no Líbano ocorrem num contexto "extremamente volátil" na região, com a ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza e fogo cruzado entre Israel e o Hezbollah como pano de fundo.

 

"Não podemos sublinhar suficientemente os riscos de escalada no Líbano e na região", disse o porta-voz, acrescentando que tanto o secretário-geral da ONU, António Guterres, como os seus enviados no terreno estarem a pedir às partes para reduzirem as tensões.

Dujarric lamentou ainda a perda de vidas em consequência deste incidente, pelo qual tanto o Governo libanês como o Hezbollah culparam Israel, embora as autoridades israelitas não tenham assumido responsabilidade.

Pelo menos oito pessoas e morreram e mais de 2.800 ficaram feridas, incluindo o embaixador iraniano em Beirute e membros do grupo xiita Hezbollah, ficaram hoje feridas no Líbano, após os seus 'pagers' portáteis terem explodido, segundo autoridades libanesa e órgãos de comunicação estatais.

A agência noticiosa estatal libanesa noticiou que nos subúrbios sul de Beirute e noutras áreas do país "o sistema de 'pagers' portáteis foi detonado com recurso a tecnologia avançada, e foram relatadas dezenas de feridos".

Entre os feridos, encontra-se também o embaixador do Irão no Líbano, Mojtaba Amani, de acordo com órgãos estatais de Teerão.

Pelo menos 14 membros do movimento xiita libanês Hezbollah na Síria ficaram hoje feridos em resultado de explosões dos seus 'pagers' portáteis, juntando-se a centenas de casos semelhantes ocorridos no Líbano, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, que monitoriza o conflito no país.

Uma fonte próxima do Hezbollah confirmou à agência France Presse (AFP) que membros do grupo pró-iraniano destacados na Síria, onde se encontravam em missão de apoio ao regime de Damasco, foram feridos, embora sem especificar o número.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Líbano atribuiu as explosões a um "ciberataque israelita, no qual foi detonado um grande número de 'pagers'", e revelou que está a preparar uma queixa ao Conselho de Segurança da ONU.

"Esta deliberada escalada israelita coincide com as ameaças de expandir a guerra para o Líbano e com a sua postura intransigente, apelando para mais derramamento de sangue, destruição e sabotagem", acusou a diplomacia de Beirute em comunicado.

Leia Também: Explosões de 'pagers' feriram 14 membros do Hezbollah na Síria

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