Laurent Vinatier foi detido na capital russa em junho, quando as tensões entre Paris e Moscovo estavam altas, depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter comentado a possibilidade de destacar tropas francesas para a Ucrânia.
Em causa está Vinatier não se ter registado como "agente estrangeiro", enquanto recolhia informação sobre "atividades militares e tecnico-militares" russas, que podem ser usadas em detrimento da segurança do Estado russo. Esta ofensa é punível com até cinco anos de prisão.
O tribunal moscovita do distrito de Zamoskvoretsky ordenou que Vinatier permanecesse detido até 05 de setembro.
Vinatier é um colaborador do Centro para o Diálogo Humanitário, uma organização não governamental sedeada em Genebra.
As acusações de espionagem e recolha de informação sensível tornaram-se frequentes na Federação Russa desde que o Kremlin decidiu invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
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