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Rússia nega purga no exército após detenção de mais um general

A Rússia negou hoje que esteja em curso uma campanha de purgas dirigida a oficiais do exército, na sequência de uma nova detenção de um oficial de alta patente acusado de corrupção.

Rússia nega purga no exército após detenção de mais um general
Notícias ao Minuto

11:40 - 23/05/24 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"A luta contra a corrupção é um processo contínuo e não uma campanha" de purgas, disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, aos jornalistas, citado pela agência francesa AFP.

Peskov disse que o combate contra a corrupção faz parte do trabalho das agências russas "de aplicação da lei".

"Não se trata de forma alguma de uma campanha organizada", acrescentou.

Um tribunal militar de Moscovo ordenou hoje a detenção preventiva do vice-chefe do Estado-Maior tenente-general Vadim Shamarin por suspeitas de corrupção.

Shamarin, que tinha o pelouro das comunicações na estrutura de chefia das forças armadas, foi acusado de ter "aceitado um suborno particularmente elevado", segundo a imprensa de Moscovo.

A detenção de Shamarin é a mais recente de uma série de detenções de oficiais militares de alta patente por suborno, segundo a agência norte-americana AP.

O major-general Ivan Popov, um antigo comandante de topo da ofensiva russa na Ucrânia, foi colocado em prisão preventiva na quarta-feira também acusado de suborno.

Em abril, o vice-ministro da Defesa, Timur Ivanov, foi detido por suborno.

Ivanov era um colaborador próximo de Serguei Shoigu, que o Presidente Vladimir Putin demitiu do cargo de ministro da Defesa logo após ter tomado para um novo mandato, em maio.

O tenente-general Yury Kuznetsov, chefe da direção de pessoal do Ministério da Defesa, foi detido sob a acusação de suborno dois dias após a substituição de Shoigu.

O ex-ministro foi amplamente responsabilizado por a Rússia não ter conseguido capturar Kiev no início dos combates na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Também foi acusado de incompetência e corrupção pelo líder mercenário Yevgeny Prigozhin, que lançou um motim em junho de 2023 para exigir a demissão de Shoigu e do chefe do Estado-Maior, general Valery Gerasimov.

Menos de um mês após a revolta falhada de Prigozhin, que morreu depois num acidente aéreo, Popov foi demitido do cargo de comandante do 58.º Exército.

Popov admitiu ter falado com Shoigu sobre a insuficiência de equipamento, que levou a um número excessivo de mortes de russos, e considerou que a demissão foi uma "traiçoeira punhalada nas costas".

As forças de Popov estavam a combater na região de Zaporijia, uma das zonas mais disputadas do conflito na Ucrânia.

Foi demitido um dia depois de o posto de comando do 58.º Exército na cidade de Berdyansk ter sido atingido por um ataque ucraniano, matando um general de alta patente.

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