Em conferência de imprensa após um encontro dos ministros da defesa dos países bálticos, na cidade termal lituana de Palanga, o governante da Estónia, Hannu Pevkur, afirmou que o atual patamar mínimo de 2% do PIB já não parece ser suficiente, pelo que instará os aliados a aumentá-lo em 0,5 pontos percentuais.
Observando que os três países bálticos - Estónia, Letónia e Lituânia - se comprometeram a gastar cerca de 3% do PIB em defesa, Pevkur disse que outros aliados "são bem-vindos a juntar-se ao clube dos 3%".
O ministro da Defesa da Lituânia, Laurynas Kasciunas, disse que uma questão importante para os países bálticos na cimeira da NATO seria a exequibilidade dos planos de defesa para a região preparados após o último encontro de alto nível, no ano passado em Vilnius.
"A defesa pela negação é essencial", disse Kasciunas, explicando que, em política de defesa, negação significa que devem existir tropas suficientes e outras medidas para impedir que um inimigo atravesse ou ocupe qualquer território do Báltico.
A este respeito, a Lituânia anunciará detalhes sobre a sua parte numa linha de defesa comum do Báltico contra a Rússia, acordada pelos três países no início deste ano.
A Lituânia planeia tanto fortificações fixas como os chamados "parques de contramobilidade", onde tropas e equipamentos, incluindo minas antitanque e antipessoais, poderiam ser rapidamente reunidos em áreas ameaçadas.
O ministro da Defesa da Letónia, Andris Spruds, declarou que os três países estão a trabalhar para aumentar a capacidade de defesa do seu território através da construção de infraestruturas para que cada um possa acolher uma brigada completa da NATO.
A Estónia está a preparar a chegada de uma brigada britânica, elementos de uma brigada alemã já estão na Lituânia, enquanto a Letónia acolherá uma brigada canadiana reforçada por um efetivo do Exército sueco.
Os ministros da defesa dos Bálticos sublinharam também a necessidade de continuar a cooperação na aquisição de material militar como forma de poupar nos custos totais.
A Letónia e a Estónia já estão a adquirir conjuntamente o sistema de mísseis de defesa aérea de médio alcance IRIS-T, de fabrico alemão.
Andris Spruds, sublinhou que a aquisição conjunta era essencial para criar capacidades comuns e interoperáveis ??entre os três países vizinhos.
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