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Funcionários da ONU que terão participado em ataques sob investigação

O Escritório de Supervisão Interna das Nações Unidas (OIOS) mantém sob investigação vários funcionários da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) acusados por Israel de participação nos ataques perpetrados pelo Hamas em outubro, confirmaram hoje fontes oficiais.

Funcionários da ONU que terão participado em ataques sob investigação
Notícias ao Minuto

20:13 - 26/04/24 por Lusa

Mundo Israel

Do grupo inicial de 12 funcionários acusados por Israel de participação nos ataques de 07 de outubro de 2023, Dujarric esclareceu que oito desses trabalhadores permanecem sob investigação do OIOS, um caso foi encerrado por falta de provas e três estão suspensos.

"Um caso foi encerrado, uma vez que Israel não forneceu provas para apoiar as acusações contra o funcionário. Estamos a explorar ações administrativas corretivas a serem tomadas no caso dessa pessoa", afirmou o porta-voz de António Guterres.

"Além disso, três casos foram suspensos, uma vez que as informações fornecidas por Israel não são suficientes para que a OIOS prossiga com uma investigação. A UNRWA está a considerar que medidas administrativas tomar enquanto estiverem sob investigação", acrescentou.

Relativamente aos restantes sete casos levados ao conhecimento da ONU posteriormente, Stéphane Dujarric explicou que um desses casos também foi suspenso enquanto se aguarda a receção de provas de apoio adicionais.

"Os seis casos restantes estão atualmente sob investigação pela OIOS", confirmou.

No âmbito deste processo, investigadores da OIOS viajaram para Israel para discussões com as autoridades israelitas e têm prevista nova visita em maio.

"Estas discussões prosseguem e até agora têm sido produtivas e permitiram progressos nas investigações", indicou o porta-voz.

A agência da ONU em causa, que tem mais de 30.000 empregados ao serviço de 5,9 milhões de palestinianos na região, foi acusada por Israel de empregar "mais de 400 terroristas" na Faixa de Gaza.

Vários funcionários foram acusados pelos israelitas de estarem diretamente envolvidos no ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que matou 1.170 pessoas, principalmente civis.

Estas alegações levaram à suspensão do financiamento por parte de países doadores, como os Estados Unidos, embora alguns tenham retomado, e à realização de uma auditoria externa, a par de uma averiguação interna.

A investigação concluiu que a UNRWA na Faixa de Gaza carece de "neutralidade" política, mas indicou que Israel foi incapaz de provar a ligação de funcionários deste organismo ao Hamas, grupo considerado terrorista pela União Europeia, pelos Estados Unidos e por Israel.

Por outro lado, os peritos também afirmaram que a agência da ONU continua a ser "crucial para fornecer ajuda humanitária vital" na região.

Em represália pelo ataque de 07 de outubro, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 34 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.

A população da Faixa de Gaza confronta-se com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

Leia Também: ONU estima em Gaza 37 milhões de toneladas e detritos com munições

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