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EUA aplicam sanções a entidades de financiamento a colonos israelitas

Os Estados Unidos anunciaram hoje sanções contra duas entidades acusadas de arrecadar fundos para colonos extremistas de Israel já sancionados e acusados de atacar regularmente palestinianos na Cisjordânia.

EUA aplicam sanções a entidades de financiamento a colonos israelitas
Notícias ao Minuto

20:14 - 19/04/24 por Lusa

Mundo EUA

O anúncio do Departamento do Tesouro ocorre no mesmo dia em que a União Europeia (UE) também decretou sanções contra colonos israelitas, num momento em que a Cisjordânia tem vivido alguns dos seus piores episódios de violência, perpetrados por extremistas contra palestinianos desde o início da guerra na vizinha Faixa de Gaza entre Israel e o grupo islamita Hamas.

Incluídas nas sanções estão duas entidades -- Mount Hebron Fund e Shlom Asiraich --, acusadas de reunir fundos para os colonos sancionados Yinon Levi e David Chai Chasdai.

Ambos os homens foram anteriormente sancionados pela administração do Presidente norte-americano, Joe Biden, por atacarem violentamente palestinianos na Cisjordânia ocupada.

As sanções visam impedi-los de usarem o sistema financeiro dos Estados Unidos e que cidadãos norte-americanos negociem com eles.

A campanha de arrecadação de fundos pelo Mount Hebron Fund para Levi e pela Shlom Asiraich para Chasdai gerou o equivalente a 140 mil dólares (131 mil euros) e 31 mil dólares (29 mil euros) respetivamente, de acordo com o Departamento do Tesouro.

No caso de Levi, o fundo agora sancionado está vinculado a um conselho regional, órgão que recebe dinheiro do Estado, mas as sanções não atingiram esta entidade.

Grupos de direitos humanos criticam a expansão de assentamentos avançados de colonos ilegais na Cisjordânia, incentivados pelos conselhos regionais e pelo Governo israelita -- o mais extremista na história do país.

A ordem do Tesouro também evitou sancionar os 'sites' de angariação de fundos GiveChak e Charidy, com sede em Nova Iorque, que beneficiavam os sancionados.

No caso de Chasdai, a arrecadação de fundos através do Charidy foi organizada por Shlom Asiraich, que angaria dinheiro para extremistas judeus presos.

Ambas as recolhas de fundos na Internet foram removidas. Mas pelo menos uma ligada a um colono anteriormente sancionado pela administração Biden, Moshe Sharvit, permanece 'online'.

A página do GiveChak arrecadou até hoje o equivalente a mais de 879 mil dólares (825 mil euros).

O vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, disse que aquelas organizações "minam a paz, a segurança e a estabilidade da Cisjordânia", assegurando que os Estados Unidos vão continuar a usar as ferramentas disponíveis para penalizar os responsáveis.

Em fevereiro, Joe Biden emitiu uma ordem executiva que visa os colonos israelitas na Cisjordânia que foram acusados de atacar palestinianos e ativistas pacifistas israelitas no território ocupado.

Também hoje, o Conselho da UE incluiu na lista de sanções por violações dos direitos humanos quatro pessoas e duas organizações envolvidas na expansão de colonatos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Em comunicado, o Conselho decidiu incluiu "responsáveis por violações sérias dos direitos humanos contra palestinianos, incluindo tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes, e pela violação do direito à propriedade, à vida privada e familiar de palestinianos na Cisjordânia".

Os sancionados são o Lehava, um movimento de "extrema-direita judaica e supremacista", e o Hilltop Youthe, um grupo de jovens "radicalizados conhecidos por ataques violentos contra palestinianos e as suas vilas na Cisjordânia".

Meir Ettinger e Elisha Yared, duas das principais figuras deste movimento jovem radical, também foram incluídos na lista de sanções pelo envolvimento em ataques que provocaram a morte de palestinianos entre 2015 e 2023.

O conselho da UE sancionou Neira Ben Pazi, acusado de atacar repetidamente palestinianos em Wadi Seeq e Deir Jarir desde 2021, e Yinon Levi, que "participou em vários ataques violentos contra vilas vizinhas à sua residência em Mitarim, um posto agrícola ilegal".

Os sancionados estão sujeitos a restrições de viagens para qualquer país da União Europeia e os bens que possuam em Estados-membros da UE ficam congelados.

Leia Também: Pacote de ajuda a Ucrânia e a Israel avança no Congresso dos EUA

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