A historiadora e editora de meios de comunicação não oficiais (ilegais) foi detida na quarta-feira num posto de controlo da polícia em Bacunayagua, 80 quilómetros a leste da capital, e levada de volta para Matanzas, a cidade onde López Hernández vive.
De acordo com as fontes, López Hernández ainda se encontrava sob custódia policial ao meio-dia de hoje.
López Hernández deslocava-se à capital porque tencionava realizar o seu protesto do dia 18 de cada mês no parque central de Havana, quando desde há um ano o fazia habitualmente no Parque da Fraternidade, em Matanzas.
O dia 18 de abril é um dia simbólico em Cuba, em que se celebra o nascimento do chamado pai da pátria, Carlos Manuel de Céspedes.
#Cuba: Denunciamos la detención arbitraria de la ciudadana cubana Alina Bárbara López Hernández. #AlinaNoEstáSola pic.twitter.com/Yn3tcg1Z5i
— Contexto Cubano (@ContextoCubano) April 18, 2024
López Hernández foi detida várias vezes nos últimos meses por realizar protestos simbólicos (sozinha, em silêncio e com um cartaz em branco) e, por esse motivo, foi condenada no final do ano passado a pagar uma multa pelo crime de desobediência.
A intelectual declarou-se "desrespeitadora" da sentença e recusou-se a pagar a multa, consciente de que isso a poderia levar à prisão, como escreveu em vários artigos nas redes sociais.
A organização não-governamental Prisoners Defenders, com sede em Madrid, denunciou que este processo "injustificado" tinha "motivações políticas" e visava apenas "reprimir o exercício dos direitos fundamentais" de López Hernández, que qualificou de "vítima de consciência".
Além disso, a intelectual queixou-se de ter sido alvo de proibição pelo Ministério do Interior de sair do país.
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