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Netanyahu pede "unidade interna" contra "ameaça existencial"

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apelou hoje à unidade interna perante a "ameaça existencial" da guerra em Gaza e o aumento das tensões com o Irão, quando cresce a contestação popular e apelos para eleições antecipadas.

Netanyahu pede "unidade interna" contra "ameaça existencial"
Notícias ao Minuto

19:23 - 18/04/24 por Lusa

Mundo Israel

"As nações desintegram-se primeiro a partir de dentro", afirmou o chefe do executivo israelita, durante a sua visita à sede da agência de serviços secretos, Mossad, onde esteve sempre acompanhado pelo diretor, David Barnea.

"A divisão interna deve desaparecer agora porque estamos sob uma ameaça existencial e, perante uma ameaça existencial, unimos as forças e não as dividimos", disse.

Com vários casos de corrupção contra si, um governo de coligação frágil e uma oposição que pede a sua saída e eleições antecipadas, Netanyahu avisou que as nações falham "não por causa de pressões externas" mas devido à "divisão interna".

"Estamos empenhados em derrotar o eixo terrorista em Gaza, tanto para libertar os reféns como para repelir a ameaça total que vem do Irão", afirmou Netanyahu, que, perante estas "enormes tarefas", apelou à "determinação" e à "unidade".

A tensão entre Israel e Irão agudizou-se nos últimos dias, depois de Teerão ter lançado, entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, um ataque contra Israel, com recurso a mais de 300 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados), mísseis de cruzeiro e balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o exército israelita.

Teerão justificou o ataque com uma medida de autodefesa, argumentando que a ação militar foi uma resposta "à agressão do regime sionista" contra as instalações diplomáticas iranianas em Damasco, na Síria, ocorrida a 01 de abril e marcada pela morte de sete membros da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.

O conflito em curso entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas foi desencadeado pelo ataque de 07 de outubro de 2023, que provocou a morte de cerca de 1.200 israelitas, a maioria dos quais civis, e levou ao sequestro de cerca de 240 civis, dos quais mais de 100 permanecem como reféns em Gaza.

Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas quase 34.000 pessoas, a maioria das quais eram também civis.

A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

Os israelitas também têm protestado nas ruas contra o Governo de Netanyahu, quer para reclamar o regresso dos reféns feitos pelo Hamas, quer para contestar a obrigatoriedade de judeus ultraortodoxos se alistarem no exército israelita.

Leia Também: Netanyahu tenta "arrastar a região para a guerra para se manter no poder"

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