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Suécia reforça defesa, serviços de emergência e abrigos antiatómicos
O Governo da Suécia anunciou hoje que vai gastar 385 milhões de coroas suecas (33 milhões de euros) adicionais para reforçar os seus abrigos antiatómicos, os serviços de emergência e a defesa civil.
© Reuters
Mundo Suécia
A Suécia, que aderiu à NATO no início de março, está a investir para melhorar as capacidades operacionais dos seus serviços de emergência em caso de conflito, além de reforçar a sua segurança cibernética e complementar a sua reserva de medicamentos, declarou o ministro da Defesa Civil sueco, Carl-Oskar Bohlin, numa conferência de imprensa.
Os fundos também irão para a modernização dos abrigos antiatómicos, dos sistemas de abastecimento de água e das infraestruturas de transporte.
"A situação em matéria de política de segurança deteriorou-se há muito tempo", disse Bohlin aos jornalistas.
Carl-Oskar Bohlin provocou controvérsia, em janeiro, ao declarar num colóquio sobre defesa que "poderia haver uma guerra na Suécia".
Posteriormente, o comandante-em-chefe das forças armadas suecas, Micael Biden, disse que os suecos deveriam "preparar-se mentalmente para uma guerra".
A Suécia cortou os seus gastos militares após o fim da Guerra Fria, mas inverteu essa tendência após a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014.
Em março de 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a Suécia anunciou que iria aumentar os seus gastos com a defesa com o objetivo de atingir 2% do Produto Interno Bruto (PIB) -- número estabelecido pela NATO - "o mais rapidamente possível".
O Governo sueco indicou no final de 2023 que esse marco seria alcançado em 2024.
O orçamento da defesa civil da Suécia atingiu os 6,5 mil milhões de coroas (565 milhões de euros), segundo a agência de notícias TT. A Agência Sueca de Contingências Civis (MSB), responsável pela coordenação dos preparativos em caso de crise, pede um orçamento de 20 mil milhões de coroas suecas.
As autoridades suecas retornaram ao seu conceito de "defesa total" em 2015 e intensificaram esse esforço após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, nomeando um ministro da Defesa Civil, ao lado do ministro das Forças Armadas, para mobilizar toda a sociedade.
Leia Também: NATO discute Ucrânia e Indo-Pacífico na estreia de Suécia e de MNE português
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