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Líder de extrema-direita condenado por racismo e negar o Holocausto

Um antigo membro do partido de extrema-direita flamengo Vlaams Belang foi hoje condenado a um ano de prisão e dez anos de inelegibilidade, por incitar ao ódio e violar as leis da Bélgica sobre racismo e negação do Holocausto.

Líder de extrema-direita condenado por racismo e negar o Holocausto
Notícias ao Minuto

23:37 - 12/03/24 por Lusa

Mundo Bélgica

Bruxelas, 12 mar 2024 (Lusa) -- Um antigo membro do partido de extrema-direita flamengo Vlaams Belang foi hoje condenado a um ano de prisão e dez anos de inelegibilidade, por incitar ao ódio e violar as leis da Bélgica sobre racismo e negação do Holocausto.

Dries Van Langenhove, que foi julgado pelo tribunal criminal de Ghent, no noroeste da Bélgica, anunciou através do seu advogado que vai recorrer da sentença, o que suspende por agora o seu encarceramento.

O fundador do movimento identitário flamengo "Schild en Vrienden" ("Escudo e Amigos", em português), ganhou destaque nos 'media' na Bélgica em 2018, após a transmissão de um documentário no canal público VRT (de língua neerlandesa) que o mostrava entre os ativistas do movimento em ações musculares.

A reportagem também detalhou algumas das inúmeras mensagens de natureza racista e antissemita que foram trocadas em grupos privados na Internet.

O tribunal considerou hoje que Van Langenhove, de 30 anos, é um seguidor da "ideologia nazi".

"[Van Langenhove] Queria minar a convivência específica da nossa democracia e substituí-la pelo seu modelo de sociedade de supremacia branca", pode ler-se na sentença, que determina ainda uma multa de 16 mil euros e a privação dos seus direitos civis durante dez anos, o que inclui inelegibilidade.

Entre os seis corréus, que fizeram campanha ao seu lado no "Schild en Vrienden", cinco foram condenados a penas de prisão suspensas.

Outro beneficiou da suspensão do pronunciamento da condenação [considerado culpado sem pena], sob a condição de visitar o quartel Dossin em Mechelen, local de memória do Holocausto, ou 'Shoah' em hebraico, na Bélgica, por onde passaram milhares de judeus detidos em Antuérpia e Bruxelas entre 1942 e 1944, antes de serem deportados em comboios para os campos nazis.

Apesar da polémica e da investigação jurídica aberta após a transmissão da reportagem em setembro de 2018, Van Langenhove foi selecionado por Vlaams Belang como candidato às eleições legislativas de 2019, sendo então eleito deputado federal.

Privado da imunidade parlamentar em 2021, acabou por deixar o lugar no início de 2023, após o processo ter seguido para julgamento.

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