Este é o mais número já registado desde a lei que estabeleceu o crime de feminicídio no país, em vigor desde em 2015, indica o documento, produzido com dados oficiais das polícias e secretarias de segurança pública dos estados brasileiros.
Por cada grupo de 100 mil mulheres, 1,4 foram assassinadas em 2023, dado que mostra um crescimento de 1,6% face ao ano anterior, refere-se no relatório.
A lei brasileira considera feminicídio quando o crime decorre de violência doméstica e familiar devido à condição de sexo feminino, de menosprezo pela condição feminina ou de discriminação da condição feminina.
Considerando a subnotificação de casos nos primeiros anos de vigência da legislação, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública destacou que pelo menos 10.655 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil entre 2015 e 2023.
Os dados também indicam que os estados do centro-oeste brasileiro apresentaram a taxa mais elevada de feminicídios nos dois últimos anos, chegando a duas mortes por 100 mil, 43% superior à média do país.
A segunda região mais violenta para as mulheres foi o norte, com uma taxa de 1,6 feminicídios por 100 mil mulheres. Já as regiões sudeste (1,2 por 100 mil mulheres), nordeste (1,4 por 100 mil) e sul (1,5 por 100 mil) registaram taxas menores de feminicídio.
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