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UNICEF alerta para "nível sem precedentes de ilegalidade" no Haiti

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou hoje para o "nível sem precedentes de ilegalidade" que se vive no Haiti, onde duas em cada três crianças necessitam de assistência humanitária.

UNICEF alerta para "nível sem precedentes de ilegalidade" no Haiti
Notícias ao Minuto

15:23 - 07/03/24 por Lusa

Mundo Haiti

A diretora da UNICEF, Catherine Russell, denunciou num comunicado um contexto marcado por "violações dos direitos humanos, raptos e um total desrespeito pela vida e bem-estar das crianças e das suas famílias, e pelos serviços essenciais de que dependem".

A situação no país das Caraíbas agravou-se desde a semana passada, e resultou numa libertação de milhares de presos, incluindo muito líderes de gangues, e numa escalada de violência nas ruas.

A degradação da situação complicou a mobilidade da população e tornou os serviços essenciais "cada vez mais restritos", incluindo a assistência às crianças, segundo Russel.

"A população haitiana foi apanhada no meio do fogo cruzado", disse a chefe da UNICEF, advertindo que "os espaços para as crianças foram transformados em campos de batalha".

Segundo Russel, "os serviços sociais essenciais estão à beira do colapso".

Os portos e o aeroporto do país "estão comprometidos e a resposta humanitária de que milhões de crianças e civis dependem como último recurso está paralisada", afirmou.

Russel disse que os bandos de criminosos utilizam múltiplos abusos, que vão desde a destruição de casas à violência sexual, "para incutir o medo" na população.

"A violência e a desordem no Haiti atingem um nível novo e assustador", afirmou a diretora da UNICEF, citada pela agência espanhola Europa Press.

Russel considerou que a situação, após décadas de instabilidade política e uma sucessão de crises, "não tem de ser assim", e apelou à comunidade internacional para "atuar com urgência".

Recomendou, entre outras questões, o reforço das instituições haitianas, incluindo as forças de segurança, o aumento dos donativos e a proteção das escolas, dos hospitais e do acesso humanitário.

"A comunidade internacional deve trabalhar com o povo haitiano e ajudar a dar uma resposta que possa restaurar a confiança, a esperança e o respeito pelo direito internacional dos direitos humanos", disse Russell.

"A atual situação de insegurança, medo e privação é inaceitável", acrescentou.

Leia Também: EUA instam Haiti a acelerar transição para nova "estrutura de governação"

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