Daniela Klette, de 65 anos, foi detida na segunda-feira, em Berlim, onde aparentemente morava há algum tempo sob um nome falso. A suposta integrante do grupo de extrema-esquerda estava foragida há 30 anos.
Klette é acusada de participar numa série de roubos entre 1999 e 2016, que ocorreram após a dissolução da Fação do Exército Vermelho. É suspeita também de roubos e tentativas de homicídio junto com outros dois supostos ex-membros do grupo que permanecem foragidos, Ernst-Volker Staub e Burkhard Garweg.
Surgido na periferia radical do movimento estudantil de 1968 e conhecida como Baader-Meinhof - em homenagem aos seus fundadores Andreas Baader e Ulrike Meinhof -, a RAF defendeu uma guerrilha urbana visando o Governo e a elite da República Federal da Alemanha. O grupo, que matou 34 pessoas e feriu centenas, foi dissolvido em 1991.
A polícia declarou na terça-feira que a busca inicial no apartamento de Klette revelou munições, mas nenhuma arma.
Entretanto, na noite de quarta-feira, as autoridades alemãs evacuaram o prédio de sete andares e encerram a rua no bairro de Kreuzberg, enquanto retiravam a granada e outros objetos perigosos não especificados.
Na manhã de hoje, a polícia de Berlim publicou na rede social X que o seu trabalho estava concluído e os residentes poderiam regressar ao edifício.
A acusação que determinou a detenção de Klette refere-se apenas aos roubos após a dissolução do grupo, que as autoridades acreditam ter como objetivo financiar a vida dos três suspeitos na clandestinidade, mas não uma motivação política.
Os procuradores federais disseram, no entanto, que um mandado de prisão emitido há muito tempo contra Klette, relacionado a supostas atividades com a Fação do Exército Vermelho no início da década de 1990, permanece válido.
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