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Fundador do banco China Renaissance demite-se um ano após desaparecer

O empresário chinês Bao Fan, desaparecido há um ano, "demitiu-se" do banco comercial que fundou, anunciou hoje a China Renaissance.

Fundador do banco China Renaissance demite-se um ano após desaparecer
Notícias ao Minuto

09:40 - 02/02/24 por Lusa

Mundo Banco

Bao desapareceu subitamente em fevereiro de 2023, numa altura em que as autoridades chinesas aumentaram o escrutínio sobre o setor financeiro.

Num comunicado enviado hoje à Bolsa de Valores de Hong Kong, a China Renaissance explicou que Bao Fan "se demitiu" das suas funções, incluindo as de presidente e diretor executivo da empresa.

A empresa invocou "razões de saúde" e o desejo de "dedicar mais tempo aos seus assuntos familiares" como motivos para esta decisão. Mas não deu pormenores sobre a situação pessoal de Bao Fan e, em particular, sobre a investigação contra ele.

O China Renaissance é um banco de investimento privado especializado em investimentos no setor tecnológico.

O grupo chinês supervisionou as entradas em bolsa de vários gigantes da Internet, incluindo o especialista local em comércio eletrónico JD.com.

O China Renaissance, que emprega mais de 700 pessoas em todo o mundo, está também presente em Singapura e nos Estados Unidos.

Na sequência do desaparecimento de Bao Fan, em fevereiro de 2023, a China Renaissance afirmou não ter conseguido contactá-lo e indicou depois que o seu diretor estava a "cooperar" com as autoridades numa investigação, sem especificar as razões.

Desde então, não foi divulgada qualquer informação sobre o seu destino.

Na China, as pessoas colocadas sob investigação acabam geralmente por ser condenadas.

O desaparecimento de Bao Fan faz lembrar o do magnata sino-canadiano Xiao Jianhua, que desapareceu de um hotel em Hong Kong em 2017.

Alegadamente próximo dos principais dirigentes comunistas chineses, Xiao Jianhua teria sido raptado por agentes de Pequim, segundo a imprensa.

Na altura da sua detenção, Xiao era um dos homens mais ricos da China, com uma fortuna estimada em 6 mil milhões de dólares.

Em 2022, foi condenado a 13 anos de prisão por fraude.

Leia Também: "Extremamente irresponsável". China reage a acusações de ciberataques

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