Presidente do Equador anuncia modelo de "semáforo" para toque de recolher
O presidente do Equador anunciou hoje a utilização do modelo "semáforo" para o aviso de recolher, em vigor desde 08 de janeiro devido à crise de segurança atribuída a grupos criminosos, considerados pelas autoridades como terroristas.
© Getty Images/Andres Yepez
Mundo Equador
Em entrevista à televisão Teleamazonas, Daniel Noboa divulgou que esta noite vai anunciar os pormenores sobre a aplicação da medida nos vários cantões, como horários e regulamentações.
Considerado um país relativamente seguro, o Equador tem estado mergulhado na violência nos últimos cinco anos, num contexto de abrandamento económico e de empobrecimento na sequência da pandemia da covid-19, e com a taxa de homicídios a passar de seis para 46 por 100 mil habitantes, no ano passado.
Situado entre a Colômbia e o Peru, os maiores produtores mundiais de cocaína, o Equador esteve durante anos ao abrigo da violência associada ao tráfico de droga.
Mas, de simples país de trânsito, passou a ser um centro de operações e de logística para o transporte de cocaína para a Europa. Cerca de 20 gangues estão a impor a lei, nomeadamente a partir das prisões.
Em 09 de janeiro, homens armados invadiram a televisão pública TC, fazendo reféns jornalistas e funcionários, ao vivo, antes de a polícia conseguir intervir, libertar os reféns e deter 13 assaltantes.
Oito dias mais tarde, César Suarez, o procurador encarregado de investigar este ataque, foi morto a tiro, em pleno dia, no centro de Guayaquil (sudoeste).
O Presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou o estado de emergência e declarou o país "em guerra interna" contra os gangues, qualificados de "terroristas", colocando no terreno mais de 20 mil efetivos.
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