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OMS expressa preocupação com situação de saúde pública na Etiópia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou-se hoje preocupada com a situação da saúde pública na Etiópia, onde o surto de doenças tropicais e os níveis de desnutrição estão a atingir níveis alarmantes.

OMS expressa preocupação com situação de saúde pública na Etiópia
Notícias ao Minuto

16:10 - 20/12/23 por Lusa

Mundo OMS

A Etiópia está a enfrentar riscos de saúde sem precedentes, com mais de 17,4 milhões de pessoas a necessitar de assistência médica urgente, devido ao aumento dos surtos de doenças como a cólera, malária, sarampo e dengue e ao crescimento do nível de desnutrição aguda, segundo a OMS.

A situação socioeconómica e de segurança do país, agravada pela seca prolongada e chuvas fortes causada pelo fenómeno meteorológico El Niño, tem um impacto negativo no sistema de saúde pública do país, cujo acesso tem sido dificultado devido a danos nas infraestruturas e nos equipamentos, além das restrições físicas causadas pelos conflitos localizados.

Os meios de subsistência do povo etíope também têm sido afetados, causando uma fraca capacidade de resposta aos problemas do país.

A médica Nonhlanhla Dlamini, representante da OMS na Etiópia, enfatizou a necessidade da colaboração entre a organização e o governo do país, para se responder às necessidades da saúde pública, especialmente no que diz respeito aos "surtos de doenças, desnutrição, escassez de água e saneamento precário".

Apesar dos esforços das unidades regionais da OMS para colmatar as necessidades da população, através da distribuição de medicamentos e de fornecimento de suporte técnico, a agência das Nações Unidas diz que é necessário mais investimento para responder à emergência.

Segundo a página oficial da OMS na Etiópia, apesar dos esforços para a mobilização de recursos, "ainda há uma lacuna de 56 milhões de dólares (51,1 milhões de euros)", necessários para "garantir que as pessoas visadas sejam alcançadas" e para acelerar o processo de recuperação das áreas afetadas pelos conflitos.

A guerra começou em 04 de novembro de 2020, quando o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, ordenou uma ofensiva contra as forças armadas da Frente de Libertação do Povo do Tigray (TPLF) em resposta a um ataque a uma base militar federal e na sequência de uma escalada das tensões políticas.

Mesmo assim, o conflito continua a infligir custos à população etíope, com novos focos de revoltas, especialmente na região de Ahmara, no norte da Etiópia.

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