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Grupo colombiano garante que vai parar de sequestrar para obter resgates
Anúncio surge depois do mediático rapto do pai do futebolista Luis Díaz.
© Joaquin Sarmiento/AFP via Getty Images
Mundo Colômbia
O grupo rebelde colombiano Estado Mayor Central (EMC), um grupo dissidente das extintas Forças Armadas Revolucionárias (FARC), anunciou que vai parar de usar sequestros como forma de recolher resgates e financiar as suas atividades, na sequência de um acordo feito com o governo do país.
Os sequestros na Colômbia têm crescido desde o início do ano. Mais recentemente, foi raptado o pai de Luis Díaz, o futebolista do Liverpool e ex-jogador do FC Porto, libertado-o em novembro após uma forte busca policial.
O sequestro de Luis Manuel Diaz e da sua esposa (que foi libertada rapidamente) foi notícia em todo o mundo, e a prática do grupo voltou a ser questionada pelas autoridades e pela população, mesmo pelos que apoiam o EMC.
O acordo foi conseguido entre o governo do socialista Gustavo Petro e o EMC, mas deixou de fora o Exército de Libertação Nacional (ELN), que recusa qualquer acordo com o Estado colombiano, pelo que não se espera uma redução drástica do número de raptos no país.
Segundo os dados do governo local, citados pela BBC News, continuam sequestradas 91 pessoas por todo o país. Uma organização não-governamental avançou que o número de pessoas raptadas nos primeiros 10 meses do ano é o mais elevado desde 2016, quando foi atingido o histórico acordo com as FARC.
O EMC é o maior grupo de dissidentes rebeldes colombianos, surgindo após a dissolução das FARC, outrora uma das maiores organizações de guerrilha revolucionária na América Latina e de caráter marxista, criadas durante os anos 60 e o pico do impacto da Guerra Fria nos países da região. O EMC conta com cerca de 3.000 membros.
O acordo está a ser visto como uma grande vitória para Gustavo Petro, que ameaçou deitar as negociações por terra após os homicídios de quatro adolescentes indígenas pelo grupo rebelde. Os jovens terão tentado escapar ao EMC quando este os tentou recrutar à força.
Leia Também: Luis Díaz dedica golos ao pai após sequestro: "Só pensava nele..."
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