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1.º de Maio. Milhares celebram em Cuba, a meio de crise

Milhares de pessoas reuniram-se hoje em Havana, capital cubana, para celebrar o 1.º de Maio no meio de uma das maiores crises económicas em décadas e com uma queda a pique do poder de compra.

1.º de Maio. Milhares celebram em Cuba, a meio de crise

© Reuters

Lusa
01/05/2024 16:28 ‧ há 1 ano por Lusa

Mundo

1.º de Maio

Pelo segundo ano consecutivo, a celebração principal da data, que, ao contrário de outros países, em Cuba é um evento festivo oficial com conotações nacionalistas, decorreu na Tribuna Anti-imperialista em vez da Praça da Revolução.

Também não houve um desfile em grande escala, como aconteceu ao longo de décadas, com a exceção dos anos de pandemia, entre 2020 e 2021.

De acordo com a organização, o Governo, a Central de Trabalhadores de Cuba (CTC, sindicato único) e as associações de massas próximas do Partido Comunista cubano (PCC, o único partido legal) juntaram cerca de 200 mil pessoas, com muitos participantes a exibirem fotografias do antigo líder cubano Fidel Castro e do seu irmão, que lhe sucedeu, Raul Castro, na praça que fica a poucos metros da embaixada dos Estados Unidos e onde começaram a chegar antes das seis da manhã.

O 1.º de Maio e as suas celebrações são elementos chave da ideologia revolucionária, tendo apoio governamental.

As celebrações arrancaram às 07:00 locais (11:00 em Lisboa), com o entoar do hino nacional e um vídeo de Fidel Castro.

A profunda crise económica em Cuba limita a capacidade de mobilização do Governo, muito devido à escassez de combustível.

Durante o seu discurso o secretário-geral da CTC, Ulisses Guilarte de Nascimento, classificou o "contexto socioeconómico atual" de Cuba como "complexo e adverso" e culpou a "intensificação da política norte-americana" contra a ilha pela situação, mas também as "insuficiências internas".

"Isto tem um impacto negativo nos níveis de consumo, na escassez de alimentos e medicamentos e na perda de poder de compra dos salários e pensões", disse o líder sindical.

O poder de compra dos quase três milhões de funcionários públicos cubanos caiu 21 pontos percentuais em 2023 em relação ao ano anterior, de acordo com dados oficiais.

O salário médio do Estado em 2023 era de 4.648 pesos cubanos (181 euros, aproximadamente), registando um aumento anual de pouco mais de 10%.

Nas lojas em Havana um pacote de 30 ovos custa 3.500 pesos cubanos (cerca de 136,5 euros).

A pandemia, o endurecimento das sanções norte-americanas e os erros da política económica agravaram nos últimos quatro anos os problemas crónicos da economia cubana.

Atualmente, a crise faz-se sentir na escassez de produtos básicos, na indexação parcial da economia ao dólar e a um forte aumento dos preços.

Leia Também: Conflitos entre forças de esquerda marcam manifestações em França

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