Sudão. Estados Unidos acusam as partes em conflito de "crimes de guerra"

Os Estados Unidos acusaram hoje as forças armadas sudanesas e as Forças de Apoio Rápido (RSF), em conflito, de terem cometido "crimes de guerra", sendo estas últimas também acusadas de crimes contra a humanidade.

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© David Paul Morris/Bloomberg via Getty Images

Lusa
06/12/2023 19:58 ‧ 06/12/2023 por Lusa

Mundo

EUA

"Determinei que membros das Forças Armadas sudanesas e das Forças de Apoio Rápido (RSF) cometeram crimes de guerra no Sudão", afirmou o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken em comunicado, acusando "membros das RSF e milícias aliadas" de terem cometido "crimes contra a humanidade e atos de limpeza étnica".

O exército sudanês e os seus rivais paramilitares "devem pôr termo a este conflito agora, cumprir as suas obrigações ao abrigo do direito internacional humanitário e dos direitos humanos e levar a tribunal os responsáveis pelas atrocidades", acrescentou Blinken no comunicado.

 O Sudão mergulhou no caos em 15 de abril deste ano, quando se transformaram em guerra aberta as tensões há muito latentes entre os militares, liderados pelo general Abdel Fattah al-Burhan, e as RSF, comandadas por Mohamed Hamdan Dagalo, ex-número dois no Conselho Soberano - a junta militar que tomou o poder no país no golpe que depôs o antigo ditador Omal al-Bashir, em abril de 2019.

A guerra no Sudão causou até agora mais de 9.000 mortos e mais de7,1 milhões de deslocados internos e refugiados, o que faz do Sudão o país com mais deslocados no mundo, segundo as Nações Unidas.

Os combates reduziram a capital do Sudão, Cartum, a um campo de batalha urbano, sem que nenhuma das partes tenha conseguido obter o controlo da cidade.

Tanto as forças armadas sudanesas como as RSF foram acusadas pela Amnistia Internacional de crimes de guerra em larga escala, incluindo assassínios deliberados de civis e violações e outras agressões sexuais.

Leia Também: Amnistia acusa forças de segurança do Irão de recorrer a violência sexual

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