O ministro paquistanês dos Negócios Estrangeiros, Ishaq Dar, disse hoje às 10h00 (17h30 em Lisboa) que falou por telefone com o seu homólogo egípcio, Badr Abdelatty, com quem "reafirmou o compromisso do Paquistão em promover a paz e a segurança regionais".
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito saudou o acordo de cessar-fogo entre o Paquistão e a Índia, segundo Islamabad.
As duas potências nucleares do Sul da Ásia chegaram hoje a um acordo de cessar-fogo, após semanas de confrontos, primeiro diplomáticos e depois militares, em Caxemira - uma região ocidental dos Himalaias disputada por Nova Deli e Islamabad desde a independência do Império Britânico em 1947 - e noutras zonas fronteiriças.
Pelo menos 98 pessoas foram mortas nos confrontos entre a Índia e o Paquistão, que eclodiram após o massacre terrorista de Pahalgam, na Caxemira indiana, a 22 de abril, no qual 26 pessoas - na sua maioria turistas indianos - foram mortas e pelo qual Nova Deli responsabilizou Islamabad.
O conflito agravou-se ainda mais em 07 de maio, quando começaram a ser efetuados ataques de drones e bombardeamentos nas zonas fronteiriças.
O acordo de cessar-fogo anunciado hoje, e alegadamente violado cerca de três horas depois de ter sido alcançado, foi apadrinhado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o considerou um acordo "completo e imediato", numa mensagem publicada no seu perfil da rede social Truth Social.
Numa mensagem publicada na rede social X antes de as primeiras explosões terem sido registadas esta noite na Caxemira administrada pela Índia, o primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, agradeceu a Trump "a sua liderança e o seu papel proativo em prol da paz na região".
"O Paquistão agradece aos Estados Unidos por facilitarem este resultado, que aceitámos no interesse da paz e da estabilidade regionais. Também agradecemos ao vice-presidente JD Vance e ao secretário de Estado Marco Rubio pelas suas valiosas contribuições para a paz no sul da Ásia", acrescentou Sharif.
O exército indiano afirmou pouco depois do anúncio do acordo de cessar-fogo que estava "totalmente preparado, sempre vigilante e empenhado em defender a soberania e a integridade da pátria (Índia)".
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