Marcos Jr., ou Bongbong como é conhecido, tem estado na linha da frente da campanha, com uma lista de 11 candidatos ao Senado.
Entre eles contam-se nomes consagrados da política filipina, como Erwin Tulfo, membro da Câmara dos Deputados e o candidato mais apoiado para um lugar de senador, de acordo com um inquérito da Social Weather Stations (SWS), e o ícone do boxe mundial e ex-candidato à presidência do país Manny Pacquiao.
Os candidatos apoiados pela Aliança para as Novas Filipinas (Alyansa para sa Bagong Pilipinas) de Marcos Jr. "continuam a liderar as sondagens apenas uma semana antes das eleições", com oito deles bem colocados para conquistar um lugar de senador.
"Desde que tomámos posse em julho de 2022, a economia filipina é reconhecida mundialmente como uma das que mais crescem. É por isso que as Filipinas são conhecidas hoje", afirmou Marcos Jr. num 'comício de antevisão' em Manila, como são conhecidos no país asiático os grandes eventos eleitorais em que os partidos encerram as campanhas.
No entanto, as sondagens mostram também a força de outros candidatos apoiados pela coligação do ex-presidente Rodrigo Duterte, acusado de crimes contra a humanidade pela sangrenta guerra contra a droga e detido desde março em Haia à espera de julgamento.
O senador Bong Go, que procura a reeleição, é o segundo candidato nas sondagens, enquanto a nível local uma sondagem realizada pela Universidade de Mindanau apontou que Duterte poderá ganhar a presidência da câmara de Davao, o seu reduto no sul do país, apesar de não estar no arquipélago de mais de sete mil ilhas.
A campanha começou marcada pela disputa entre Marcos Jr. e a vice-Presidente filipinas, Sara Duterte, uma aliança formada para conquistar o poder em 2022, mas que pouco depois da vitória começou a desmoronar-se.
A detenção de Duterte veio alimentar o confronto entre os dois campos, ultrapassando as linhas políticas. A senadora filipina Imee Marcos, irmã mais velha do Presidente e apoiante de Duterte, assumiu a rutura com a lista eleitoral de Bongbong.
Cerca de 68 milhões de filipinos são chamados a escolher 12 senadores, 254 representantes distritais, 63 representantes partidários e 17.942 governadores, membros de assembleias provinciais, autarcas e conselheiros.
O escrutínio vai também abranger os assentos legislativos da região autónoma muçulmana de Bangasamoro, na ilha de Mindanao, a segunda maior do arquipélago, no sul.
A eurodeputada portuguesa Marta Temido (PS) vai liderar a missão de observação eleitoral da UE a estas legislativas filipinas.
Trata-se da primeira missão da UE a umas eleições filipinas que "marca um passo no sentido do reforço das relações entre a UE e as Filipinas", segundo um comunicado do Serviço de Ação Externa europeu.
Marta Temido, que liderou a lista do PS ao Parlamento Europeu nas eleições de junho do ano passado, foi designada pela alta representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas.
A missão no 13.º país mais populoso do mundo será "um enorme desafio", acrescentou a eurodeputada.
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