Delegação do PE imputa "agressão israelita" que matou 65 jornalistas

O representante do Parlamento Europeu (PE) para a Palestina insurgiu-se hoje contra a "agressão israelita" que provocou a morte de 65 jornalistas em menos de dois meses e insistiu que é necessário trabalhar para que "nada disto fique impune".

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© Getty Images/Dursun Aydemir

Lusa
06/12/2023 13:31 ‧ 06/12/2023 por Lusa

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"Amanhã cumprem-se dois meses [desde o início] da agressão israelita sobre a Faixa de Gaza, uma agressão já difícil de compreender e fazer uma comparação. Estão a violar os direitos humanitários internacionais, dos jornalistas, dos médicos, dos próprios trabalhadores das Nações Unidas", disse o eurodeputado espanhol Manu Pineda, representante da delegação do PE para as relações com a Palestina, em conferência de imprensa no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

O eurodeputado, que pertence à família política The Left (Esquerda, que inclui o PCP e Bloco de Esquerda), considerou que Israel, "como qualquer criminoso, não quer testemunhas dos seus crimes", por isso, as autoridades estão a bloquear as comunicações em Gaza para impedir os jornalistas de mostrarem o que está a acontecer no enclave palestiniano desde 07 de outubro.

"Vamos trabalhar para que nada disto fique impune, vamos fazer com que os responsáveis destes crimes paguem", completou, advogando a necessidade de pressionar os governos dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE) e "as instituições europeias a escolherem o lado da ONU, o da paz".

Em consonância com Manu Pineda, o secretário-geral da Federação Internacional de Jornalistas (IFJ), Anthony Bellanger, considerou que é impossível aferir a situação dos jornalistas em Gaza, que já era "uma prisão a céu aberto" e hoje é uma "vala comum".

"Não escolhemos esta profissão para ser baleados e mortos! Para ser uma parte da guerra", advertiu, lamentando a morte de 65 jornalistas na sequência da incursão militar israelita desde 07 de outubro.

O secretário-geral do organismo responsável pela representação dos jornalistas acrescentou que é necessário enviar material para os profissionais que estão no terreno a fazer a cobertura do conflito, e há "três chaves" que conseguem desbloqueá-lo: "O Hamas, o Egito e Israel".

"De momento, falta-nos Israel", advertiu.

Desde o início da incursão militar de Telavive que 65 jornalistas, todos palestinianos, de um total de mais de 10.000 pessoas, morreram na Faixa de Gaza. A invasão do território palestiniano foi a resposta de Israel a um atentado do movimento islamista Hamas no dia 07 de outubro, o maior contra a população judaica desde a Segunda Guerra Mundial.

O Hamas raptou mais de 200 pessoas e levá-las para Gaza. O Governo de Benjamin Netanyahu anunciou uma incursão para resgatar os reféns e eliminar o grupo, considerado terrorista pela comunidade internacional, incluindo a UE.

Ao longo destes dois meses, excetuando uma trégua de seis dias para troca de reféns, Israel bombardeou incessantemente a Fiaxa de Gaza.

Pelas redes sociais e através de outros canais chegaram imagens de jornalistas que morreram enquanto estavam a fazer a cobertura do conflito entre o movimento islamista e o exército israelita.

Depois de uma onda de solidariedade transversal, a comunidade internacional começou a questionar os métodos militares de Israel, apelando ao respeito pelo direito humanitário internacional, para preservar a vida de civis, e até um cessar-fogo que resuma as negociações por uma solução de dois Estados (defendida pelos 27 da UE) e um desagravamento das tensões no Médio Oriente.

Leia Também: Exército de Israel intensifica ataques contra Khan Younes, sul de Gaza

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