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Detidos cerca de 8.000 apoiantes da oposição ao Governo no Bangladesh

Cerca de 8.000 apoiantes da oposição ao Governo no Bangladesh foram presos, numa vasta repressão da polícia que dura há mais de uma semana, informou hoje o jornal Prothom Alo.

Detidos cerca de 8.000 apoiantes da oposição ao Governo no Bangladesh
Notícias ao Minuto

11:53 - 05/11/23 por Lusa

Mundo Bangladesh

Desde a "grande manifestação" antigovernamental na capital Daca, na semana passada, pelo menos 7.835 pessoas foram detidas, segundo o mesmo jornal que se baseia em dados recolhidos pelos seus correspondentes em todo o país.

Em 28 de outubro, mais de 100.000 apoiantes da oposição reuniram-se em Daca a exigir a demissão do Governo liderado por Sheikh Hasina, antes das eleições marcadas para o final de janeiro de 2024.

A violência eclodiu e um polícia foi morto nos confrontos.

Desde então, as manifestações continuaram e a polícia lançou uma grande campanha de repressão dirigida ao principal partido da oposição, o Partido Nacionalista do Bangladesh (BNP, na sigla em inglês), detendo milhares de apoiantes.

O porta-voz da polícia, Abir Siddique, admitiu à agência France Press (AFP), que não conseguia dar o número exato de pessoas detidas, mas indicou que estavam implicadas em processos criminais e sujeitas a mandados de prisão.

"É impossível dar um número exato. A polícia está a fazer o seu trabalho habitual", afirmou Abir Siddique.

A polícia de Daca afirmou num comunicado anterior que, desde a semana passada, pelo menos, 2.100, pessoas foram detidas por violência durante as manifestações.

Entre os cidadãos presos estão o líder do BNP, Mirza Fakhrul Islam Alamgir, de 75 anos, e o seu número dois, o ex-ministro do Comércio, Amir Khsru Mahmud Chowdhury, segundo informou o partido.

No domingo, também o vice-presidente do BNP, Altaf Hossain Chowdhury, e ex-ministro do Interior, foi preso.

Além da morte do polícia, pelo menos, quatro manifestantes morreram desde a semana passada, segundo dados da polícia. O BNP afirmou que, pelo menos, nove dos seus militantes foram mortos e mais de 3.000 pessoas ficaram feridas.

O BNP e os seus aliados multiplicaram-se em manifestações contra a primeira-ministra, Sheikh Hasina, exigindo eleições livres e justas, sob a supervisão de um governo interino neutro.

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