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"Ocidente está cansado da Ucrânia. Passou a apoiar Israel com entusiasmo"

Operação terrestre em Gaza terá "as mais graves consequências sangrentas", alertou o ex-presidente russo.

"Ocidente está cansado da Ucrânia. Passou a apoiar Israel com entusiasmo"
Notícias ao Minuto

22:06 - 27/10/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Dmitry Medvedev

O ex-presidente da Rússia e atual presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, afirmou, esta sexta-feira, que o "Ocidente está muito cansado da Ucrânia" e, por isso, "passou a apoiar Israel com entusiasmo".

Numa nota na plataforma Telegram, publicada durante a manhã desta sexta-feira, antes de Telavive anunciar que irá expandir as suas operações, Medvedev afirmou que "Israel continua a adiar a sua operação terrestre em Gaza, principalmente sob pressão dos EUA e com medo da ira mundial".

"Mas não se deixem seduzir. A operação vai realizar-se, e com as mais graves consequências sangrentas. O Moloch [deus adorado pelos amonitas, uma etnia de Canaã – antiga denominação da região correspondente à área do atual Estado de Israel, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia, de parte da Jordânia, do Líbano e de parte da Síria]  exige sempre mais e mais vítimas, e a máquina da violência mútua vai agora funcionar durante anos", escreveu.

Além disso, sublinhou o ex-presidente russo, o "Ocidente está muito cansado da Ucrânia" e "passou a apoiar Israel com entusiasmo".

"Até mesmo o novo presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Michael Jackson (perdão, Mike Johnson, mas qual é a diferença), nomeou a ajuda a Telavive como a sua primeira tarefa", ironizou, referindo-se ao primeiro texto assinado por Johnson enquanto 'speaker' da Câmara Baixa, que aprova uma resolução que reforça o apoio a Israel e exige que o grupo islâmico palestiniano Hamas cesse os seus ataques contra o Estado judaico. 

Para Medvedev, o melhor será "retomar o processo de resolução do Médio Oriente" e "tentar, finalmente, cumprir a Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas", assinada após a Guerra dos Seis Dias, em 1967, ou "até mesmo o plano de partilha da Palestina", adotado em 29 de novembro de 1947.

Recorde-se que, depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE). 

Leia Também: Movimento islamita Hamas relata "combates violentos" na Faixa de Gaza

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