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Congressista Dean Phillips concorre contra Biden pelo "futuro" do partido

O democrata anunciou uma candidatura à Casa Branca, elogiando Joe Biden mas considerando que é tempo de uma nova geração liderar o partido.

Congressista Dean Phillips concorre contra Biden pelo "futuro" do partido

As eleições presidenciais de 2024 continuam a somar protagonistas, mas não é só do lado republicano que a corrida se faz. Esta sexta-feira, Dean Phillips, um congressista democrata do estado do Minnesota, vai anunciar a sua candidatura à presidência dos Estados Unidos, concorrendo diretamente contra Joe Biden à nomeação pelo Partido Democrata.

O sucesso da candidatura é, no mínimo, improvável, tal é o favoritismo do atual presidente dentro do seu próprio partido e o apoio que recolheu de praticamente todos os principais membros democratas dentro e fora do Congresso.

Ainda assim, Phillips acredita que a sua intervenção na corrida à Casa Branca é algo valioso, afirmando à CBS News (numa entrevista divulgada esta sexta-feira) que sente que é altura de uma nova geração assumir as rédeas do Partido Democrata, ainda que Biden esteja a fazer um "trabalho espetacular".

"Eu acho que o presidente Biden fez um trabalho espetacular pelo nosso país. Mas isto não é sobre o passado. Esta eleição é sobre o futuro", afirmou o congressista, que vai no seu segundo mandato como representante do 3.º distrito do estado rural do Minnesota.

Phillips explicou que o principal motivo que o leva a candidatar-se é o risco em torno de novembro: em concreto, o congressista teme que Joe Biden simplesmente não seja um candidato forte o suficiente para derrotar Donald Trump e impedir uma crise democrática. "Eu não vou ficar parado e calado perante números que dizem claramente que vamos enfrentar uma emergência no próximo mês de novembro", disse, apontando para 2024 e as eleições presidenciais.

Dean Phillips acrescentou que acredita que a sua candidatura é saudável para a democracia e o debate dentro do próprio partido, e encorajou que outros democratas se juntassem às primárias e contribuíssem para uma escolha forte e bem informada à Casa Branca.

Quer seja Phillips ou Biden no boletim em novembro de 2024, representando o Partido Democrata, a verdade é que - a não ser que a justiça o impeça - o mais provável candidato republicano será mesmo Donald Trump.

O antigo presidente dos Estados Unidos, que colou o Partido Republicano para a extrema-direita populista e nacionalista e protagonizou uma das presidências mais odiadas e estatisticamente incompetentes da história do país, continua a ser o principal favorito dos republicanos, mesmo com uma catrefada de processos sobre si (desde as alegações de assédio sexual, de tentativa de reverter o resultado das eleições de 2020, de incentivar à violência no ataque ao Capitólio ou de fuga ao fisco no estado de Nova Iorque).

Trump chegou a ser desafiado por Ron DeSantis, o popular governador da Flórida que se apresentou como uma versão mais polida e jovem de Trump (com a mesma ideologia autoritária e nacionalista). Mas a campanha de DeSantis tem sido marcada por erro atrás de erro, por 'flops' mediáticos, e as últimas sondagens colocam o governador a mais de 40 pontos percentuais de Trump, segundo o conceituado site FiveThirtyEight.

Em terceiro lugar encontra-se a antiga embaixadora na ONU, Nikki Haley, seguida de o empresário multimilionário neoliberal Vivek Ramaswamy e o antigo vice-presidente ultraconservador de Trump, Mike Pence. Há ainda nomes como Tim Scott, Chris Christie, Asa Hutchinson, Ryan Binkley e Doug Burgum. Larry Elder, Perry Johnson, Francis Suarez e Will Hurd chegaram a ser candidatos, mas já abandonaram a corrida.

No Partido Democrata, Dean Phillips não é a única concorrência a Joe Biden. Marianne Williamson (uma escritora de livros de autoajuda e promotora de alternativas dúbias a práticas médicas) e Cenk Uygur (criador do talk show progressivo 'The Young Turks') são os outros dois candidatos confirmados.

Há ainda dois candidatos que chegaram a pertencer ao círculo democrata e que acabaram por avançar com candidaturas independentes, um mais à esquerda e outro bem mais à direita. O primeiro, Cornel West, é um ativista antirracista e crítico do partido desde os tempos de Barack Obama, criticando o imperialismo externo norte-americano; e Robert F. Kennedy Jr., sobrinho do antigo presidente Kennedy e apoiante de várias teorias de conspiração, questionando vacinas, a pandemia, a existência de alterações climáticas, entre outras.

Leia Também: Kennedy Jr. deve lançar candidatura independente contra Biden e Trump

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