Meteorologia

  • 28 ABRIL 2024
Tempo
17º
MIN 9º MÁX 17º

Líder de Taiwan defende que paz é a única opção entre território e China

A líder taiwanesa, Tsai Ing-wen, disse hoje que a paz entre Taiwan e China é a "única opção" e reiterou a importância de reforçar as capacidades de defesa da ilha, face a uma possível invasão.

Líder de Taiwan defende que paz é a única opção entre território e China
Notícias ao Minuto

08:45 - 10/10/23 por Lusa

Mundo Tsai Ing-wen

No discurso do Dia Nacional, Tsai Ing-wen lembrou que a comunidade internacional considera a estabilidade no Estreito de Taiwan como uma "componente indispensável para a segurança e prosperidade globais".

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

Nos últimos anos, Pequim passou a enviar com frequência quase diária navios e aviões de guerra para perto de Taiwan, cuja população de 23 milhões de habitantes é fortemente favorável a manter o status quo de independência de facto do território.

O Partido Democrático Progressista de Tsai vai tentar obter novo mandato nas eleições do próximo ano contra os nacionalistas, que apoiam oficialmente a unificação entre as duas partes.

"Permitam-me que reitere que a paz é a única opção no Estreito de Taiwan", disse Tsai, que vai abandonar o cargo após dois mandatos.

"A manutenção do status quo, como o maior denominador comum para todas as partes, é a chave fundamental para garantir a paz", observou.

"Nenhuma das partes pode alterar unilateralmente o status quo. As diferenças entre os dois lados do estreito devem ser resolvidas pacificamente", frisou Tsai.

Tsai referiu-se também ao recente lançamento por Taiwan de um submarino construído domesticamente como um grande avanço nos esforços para modernizar a indústria de armamento nacional.

"Demos um grande passo em frente na nossa autossuficiência em matéria de defesa nacional e reforçámos ainda mais as capacidades assimétricas das nossas forças armadas", descreveu.

As cerimónias, que contaram com a participação de bandas de Taiwan, do Japão e dos EUA, também sublinharam a complexa identidade de Taiwan como uma democracia autónoma cujos símbolos nacionais e instituições estatais foram fundadas na China continental após o derrube da dinastia Manchu Qing em 1911.

O Partido Nacionalista Chinês, liderado por Chiang Kai-shek, transferiu o governo para Taiwan em 1949, após a tomada da China continental pelo Partido Comunista, liderado por Mao Zedong, na sequência de uma sangrenta guerra civil.

Atualmente na oposição, os nacionalistas continuam a apoiar o objetivo da China de alcançar uma eventual unificação entre as duas partes.

O antigo presidente e líder do partido Ma Ying-jeou e outros políticos nacionalistas boicotaram as cerimónias deste ano porque o governo utilizou o termo "Taiwan" em vez do nome oficial de República da China, nas referências em língua inglesa à ocasião.

A China cortou a maioria das comunicações com o governo de Tsai logo após a sua tomada de posse em 2016.

O atual vice-presidente William Lai é o favorito para vencer as eleições presidenciais, potencialmente lançando as bases para novas tensões entre as partes, que mantêm laços económicos e culturais estreitos, apesar da enorme diferença entre o sistema autoritário de partido único de Pequim e a robusta democracia de Taiwan.

Leia Também: Taiwan pede ajuda aos EUA para reforçar autossuficiência militar da ilha

Recomendados para si

;
Campo obrigatório