Os manifestantes exigiram que o Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, mude a estratégia de segurança antes de deixar o cargo, em setembro de 2024. "A negligência das autoridades é insuportável, é imperdoável", afirmaram.
Há quase três semanas, desde o início da vaga de violência por parte de grupos criminosos, que os habitantes dos municípios fronteiriços do estado de Chiapas publicam áudios nas redes sociais sobre bloqueios realizados por alegados membros do grupo "El Maíz", que mantém os residentes cercados e imobilizados.
Há mais de dois anos que milhares de pessoas abandonaram casas e terras devido à crescente violência e insegurança em Chiapas, marcada por tiroteios, sequestros e execuções diárias.
Desde 22 de setembro, a população tem vivido momentos de tensão, com relatos de escassez de alimentos, cortes de energia, suspensão de atividades em bancos, instituições governamentais federais e estatais, bem como a suspensão de aulas que afetam mais de cinco mil estudantes e dois mil professores de diferentes níveis de ensino.
A tensão está a aumentar nos municípios ao longo da fronteira sul do México, razão pela qual a vizinha Guatemala enviou 300 soldados para reforçar a zona fronteiriça e proteger os cidadãos guatemaltecos desta disputa entre cartéis mexicanos.
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