As ilhas, localizadas na entrada do estratégico Estreito de Ormuz, por onde passa um quinto do petróleo transportado pelo mar no mundo, são há décadas fonte de discórdia entre os Emirados e o Irão.
O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), que reúne seis países da Península Arábica, acusa o Irão de "ocupar" as ilhas ilegalmente desde 1971.
Na quarta-feira, uma declaração conjunta a criticar a posição do Irão em relação às ilhas foi emitida após uma reunião entre os responsáveis pelos Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos e do CCG, em Nova Iorque.
"Os ministros reafirmaram o seu apoio ao apelo dos Emirados a uma solução pacífica para a disputa sobre as três ilhas, através de negociações bilaterais ou do Tribunal Internacional de Justiça", referiu a declaração conjunta.
Denunciando "as ações provocativas do Governo norte-americano", o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano informou hoje ao embaixador suíço, que representa os interesses dos Estados Unidos no Irão, sobre a "condenação" desta declaração por parte da República Islâmica.
"O Irão está determinado a defender a sua integridade territorial e proteger a sua segurança e interesses contra quaisquer ameaças do Governo dos EUA", acrescentou o ministério num comunicado, sublinhando que Teerão "não permitirá que os Estados Unidos continuem a pilhar as riquezas e os recursos da região.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanani, disse na quinta-feira que as três ilhas eram uma parte "inseparável" do território iraniano e que Teerão considerava qualquer reivindicação às ilhas como "interferência em seus assuntos internos".
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