"As autoridades inspecionaram um petroleiro estrangeiro devido à falta de documentação legal na sua carga e apreenderam-no, acusado de transportar dois milhões de litros de combustível contrabandeado", anunciou Mojtaba Ghahremani, chefe do poder judicial da província de Hormozgan, no sul do país, segundo a agência de notícias Mehr.
Ghahremani afirmou que a apreensão do petroleiro ocorreu durante o processo de monitorização e vigilância de suspeitas de contrabando de combustível no Golfo de Omã, acrescentando que os 17 tripulantes, incluindo o capitão, "estão sob custódia".
A autoridade judicial indicou que foi apresentada uma queixa ao Ministério Público na cidade de Jask e que "a investigação judicial está em curso".
"A recolha de documentos para calcular com precisão o volume de combustível do petroleiro e de amostras e outros testes relevantes, bem como as investigações para verificar a autenticidade dos documentos da embarcação apreendida, estão em curso", explicou.
Ghahremani garantiu que a punição dos envolvidos no contrabando de combustível, a provar-se o crime, "será firme e implacável".
A bandeira da embarcação e as nacionalidades dos tripulantes detidos não foram divulgadas.
O contrabando de combustíveis tornou-se um flagelo no Irão, onde as autoridades intensificaram o combate a um negócio que lucra com os subsídios e com a desvalorização da moeda nacional.
As forças iranianas anunciam regularmente a apreensão de navios que transportam combustível ilegalmente no Golfo Pérsico ou no Golfo de Omã.
Em março passado, a Guarda Revolucionária iraniana apreendeu no Golfo Pérsico dois petroleiros de bandeira estrangeira que transportavam três milhões de litros de gasóleo contrabandeado e deteve todos os 25 tripulantes.
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