A equipa de futebol americano da Minor High School de Adamsville, no Alabama, Estados Unidos, tinha acabado de derrotar o adversário num jogo fora de casa, em Birmingham, na semana passada, quando Johnny Mims, diretor da banda da escola disse aos seus músicos que tocassem três músicas em jeito de comemoração, enquanto os espetadores saiam do estádio.
Contudo, os polícias presentes no estádio parecem não ter gostado disso. Conta o The New York Times que os agentes do Departamento de Polícia de Birmingham exigiram que parassem imediatamente a música, o que o professor, de 39 anos, recusou fazer.
A música continuou e o confronto verbal com a polícia subiu de tom. Quando um dos agentes o tentou prender, Johnny empurrou-o e este disparou o taser contra ele.
"Estava apenas a fazer o meu trabalho. Não estava a desafiar as autoridades", garantiu o docente numa entrevista dada ao The New York Times.
Johnny, que acabou por ter de ser hospitalizado, foi, entretanto, acusado de "conduta desordeira, assédio e resistência às autoridades", esclareceu Departamento de Polícia de Birmingham ao mesmo jornal, depois de ter divulgado um vídeo do momento.
Nas imagens vê-se dois polícias a dizerem a Johnny que "é hora de ir" e a tentar que saia do local com a banda. O professor repete, pelo menos cinco vezes, "saiam da minha frente" e, posteriormente, diz: "Já vamos, esta é a última música".
Ao que um dos agentes responde que ele vai ser detido e Johny reage com um "fixe". Entretanto as luzes apagam-se e entre a música, ouvem-se gritos. No escuro, apenas se veem vultos a tentarem deter o norte-americano, até que este é atingido, pelo menos três vezes, por um taser.
Sobre o excesso do uso de força por parte dos seus agentes durante a detenção do diretor da banda, o Departamento de Polícia de Birmingham disse apenas que "ainda está a ser investigado".
Já a advogada de Johnny garante que se tratou de um ataque racista. "Isto não aconteceria numa escola de maioria branca no estado do Alabama. Foi uma agressão, que o atingiu tanto a nível físico como de carácter", afiançou ao The New York Times.
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