Putin responder a Biden? "O nosso presidente nunca se rebaixaria a isso"
As declarações são do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, e em causa estão as declarações de Biden durante uma visita a Varsóvia, na Polónia, em fevereiro.
© Reuters
Mundo Dmitry Peskov
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, salientou, esta quarta-feira, que o presidente russo, Vladimir Putin, nunca se rebaixa perante insultos, quando questionado sobre a hipótese de uma resposta severa ao presidente dos EUA, Joe Biden, que o descreveu como um "ditador".
"Vocês sabem que o nosso presidente nunca se rebaixaria a isso - ao nível de insultos pessoais contra os seus colegas. Ele certamente tem a sua própria opinião sobre esse estilo de retórica. Mas o presidente, repito mais uma vez, nunca se rebaixou a isso e não fará isso", afirmou Peskov, citado pela Tass.
Segundo o porta-voz do Kremlin, o mais importante é que Putin é apoiado pela esmagadora maioria dos russos, como foi confirmado mais de uma vez durante as eleições presidenciais.
"Em toda a sua carreira como político, o presidente Biden nunca obteve o mesmo nível de apoio que o presidente Putin. E é por isso que ele deveria esforçar-se mais", afirmou Peskov.
O porta-voz do Kremlin apontou ainda que o presidente norte-americano enfrenta "uma eleição muito, muito difícil". "Entendemos que os EUA estão agora a limpar ativamente o campo eleitoral da concorrência indesejável. Mas temos as nossas próprias preocupações, com as quais iremos lidar", acrescentou.
Recorde-se que Biden referiu-se ao presidente russo como um "ditador assassino" e um "puro rufia", tendo já no dia anterior apelidado Putin de "bandido" e "criminoso de guerra", num discurso durante a sua visita a Varsóvia, na Polónia, em fevereiro.
Peskov já tinha as declarações, considerando que se trataram de "insultos pessoais" e que foram feitas tendo por base "irritação, fadiga e esquecimento".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 18 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer.
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