"Através da mediação do comando do contingente russo de manutenção da paz, foi alcançado um acordo entre a parte azeri e os representantes de Nagorno-Karabakh sobre a cessação total das hostilidades", disse o Ministério da Defesa russo.
Os acordos serão aplicados "em coordenação com o comando do contingente russo de manutenção da paz", referiu o ministério num comunicado citado pela agência russa TASS.
Os separatistas arménios de Nagorno-Karabakh anunciaram hoje que aceitaram depor as armas e negociar a reintegração da parte do território que controlavam no Azerbaijão.
A decisão ocorreu um dia depois de o Azerbaijão ter lançado uma operação militar no enclave de população maioritariamente arménia, que os separatistas disserem ter causado 32 mortos e mais de 200 feridos.
Os separatistas arménios declararam a independência da República Nagorno-Karabakh em relação ao Azerbaijão na sequência da desintegração da União Soviética, em 1991.
A declaração da independência desencadeou um conflito armado de que saíram vencedores os separatistas apoiados pela Arménia.
Trinta anos mais tarde, no outono de 2020, as forças armadas do Azerbaijão reconquistaram dois terços do território, situado no sul do Cáucaso.
No âmbito do acordo que pôs fim ao conflito em 2020, a Rússia, aliada tradicional da Arménia, mantém uma força de manutenção de paz em Nagorno-Karabakh.
O Ministério da Defesa russo disse também que a força de manutenção da paz continuava a prestar "toda a assistência possível" à população civil em Nagorno-Karabakh.
"Atualmente, há 2.261 civis no campo de base das forças de manutenção da paz, onde se encontra o destacamento médico, incluindo 1.049 crianças", acrescentou o ministério.
Leia Também: Nagorno-Karabakh: Arménia ausente no acordo de cessar-fogo