Brasil. Grupo de estudantes masturba-se em jogo de voleibol feminino
Os alunos de medicina interromperam uma partida das colegas num ato condenado pela associação de estudantes.
© Getty Images
Mundo Brasil
Um grupo de estudantes de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa), em São Paulo chocou a comunidade académica brasileira no sábado ao invadir um jogo de voleibol entre equipas femininas, masturbando-se em grupo e explicitamente em frente às jogadores e ao público.
O incidente foi partilhado nas redes sociais e as imagens mostram os cerca de 20 homens a correr pela lateral do campo, com as calças para baixo, expondo os genitais.
Outro vídeo captou o mesmo grupo na bancada, a simular uma masturbação, enquanto as atletas tentavam continuar jogo. Segundo o site O Globo, o caso ocorreu durante um jogo da Intermed, uma competição de voleibol entre várias universidades.
Alguns dos homens surgiram com a cara tapada e uma deputada federal contou que alguns dos homens fazem parte da equipa de futsal masculino da universidade, tendo sido expulsos das competições após o incidente.
Alertamos, antes de clicar, para a natureza explícita das imagens partilhadas e para a violência dos atos sexuais demonstrados, que poderão ferir a suscetibilidade dos leitores.
Olá @UnisaOficial - o Brasil está esperando o posicionamento de vcs quanto aos alunos de medicina q se masturbaram publicamente nos jogos universitários, cometendo crimes.
— Felipe Neto 🦉 (@felipeneto) September 17, 2023
A faculdade não vai se pronunciar? Não vai fazer nada?pic.twitter.com/5tg0Qxp3Eh
Através do Instagram, o Centro Académico Rubens Monteiro de Arruda, a associação de estudantes que representa os alunos de medicina da Unisa, condenou o incidente, considerando que "tais feitos são um retrocesso para a nossa universidade e, portanto, não representam a nossa querida casa".
Nas redes sociais, foram várias as deputadas federais que criticaram a atitude do grupo. A deputada Marina dos Santos, uma das principais vozes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), considerou que o ato é um caso de assédio sexual, que "deve ser encarado com a seriedade que merece".
"São essas mesmas figuras que cuidarão da nossa sociedade quando formados médicos? Não por acaso, o curso da mesma faculdade é conhecido pelos trotes violentos, misóginos e hierarquizantes. Esse tipo de cultura universitária precisa ser questionada e revista", afirmou.
Parte do time de futsal masculino da Unisa foi expulso dos jogos universitários porque simularam uma masturbação coletiva em dois momentos do campeonato. O ato se configura como importunação sexual e deve ser encarado com a seriedade que merece.
— Marina do MST (@marinadomst) September 17, 2023
Outra deputada, Olívia Santana, do Partido Comunista Brasileiro, pediu um processo contra os "ridículos" e "nojentos", pelo "show de misoginia".
A Unisa, até esta segunda-feira, ainda não reagiu ao incidente.
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