Daniel Oliveira promoveu na sua página de Instagram a entrevista deste sábado, dia 19 de julho, do 'Alta Definição', da SIC. O apresentador recebeu Rui Bandeira, que durante a conversa recordou a sua infância marcante.
Num primeiro vídeo que mostra um excerto da entrevista, o cantor fala da separação dos pais e partilha: "Fui a tribunal, e como era menor, fui com o meu pai. Mas ele não entrou na sala. Já não me lembro se falei com um juiz ou uma assistente social. Tinha medo, tinha receio e não queria desapontar. Amo o meu pai e fiquei numa situação muito difícil. Infelizmente, cheguei a tribunal e menti."
"Perguntaram-se se sabia que a minha mãe tinha metido um processo em tribunal para eu ir viver com ela. E eu, muito jovem, disse só que não e que estava bem com o meu pai. Devia ter uns 10 anos", contou ainda.
Na altura, diz, "pediu muitas desculpas à mãe" por ter recusado ir viver com ela. "Pedi-lhe perdão. A minha mãe compreendeu. Qualquer mãe perdoa um filho. Foi difícil para a minha mãe porque ela fez muitos sacrifícios para que eu pudesse ficar com ela, e acho que a desapontei nessa altura. Não foi por muito tempo porque, entretanto, entrei na adolescência e, aos 12 anos, resolvi fugir de casa e ir viver com a minha mãe", recordou ainda.
Mas este não foi o único vídeo promovido na página de Daniel Oliveira. Num outro excerto, o artista fala do momento em que decidiu fugir de casa para ir ter com a mãe.
"Lembro-me de ligar à minha avó e pedir-lhe para avisar a minha mãe que eu ia sair de casa. Não tinha dinheiro. Agarrei numa mochila, deixei tudo para trás, levei um álbum de fotografias, uma nécessaire que a minha mãe tinha, e que levava nos fins de semana - levava a roupa no fim de semana que só podia usar quando estava com a minha mãe. Cheguei ao centro de Odivelas e havia uma carreira que era o 7 e que ia para o Cais do Sodré", relatou.
"A minha mãe trabalhava numa companhia de navegação em Santos, a minha avó esperou que a minha mãe chegasse ao trabalho, ligou-lhe e disse-lhe que eu queria sair", acrescentou.
"Estava aqui em Odivelas e pedi, muito aflito, ao condutor do autocarro. Disse-lhe que tinha de ir ter com a minha mãe, mas não tinha dinheiro. Disse-lhe que precisava que ele me ajudasse. O senhor disse que não podia fazer nada, que eu não podia ir sozinho", revelou, falando depois da ajuda de uma pessoa.
"Há uma senhora de etnia cigana, que nunca mais me esqueço, que agarra em mim e disse que pagava o meu bilhete. Fui de Odivelas até ao Cais do Sodré junto com a senhora que pagou o bilhete e que me acalmou até chegar ao pé da minha mãe", destacou, por fim.
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