Michail Antonio concedeu, este sábado, uma extensa entrevista a Adebayo Akinfenwa, no podcast 'Best Mode On', do portal Goal, na qual abordou diversos temas, entre eles, a maneira como encarou as arbitragens, ao longo da já extensa carreira.
O internacional jamaicano começou por recordar um episódio caricato registado numa partida perante o Manchester United, antes de assumir que não guarda boas recordações... do juiz português Artur Soares Dias, fruto da maneira como este comandou o jogo da primeira mão dos quartos de final da edição de 2023/24 da Liga Europa, do qual o 'seu' West Ham saiu derrotado da BayArena, pelo Bayer Leverkusen, por 2-0, fruto dos golos marcados por Jonas Hofmann e Victor Boniface, aos 83 e aos 90+1 minutos, respetivamente.
"Lembro-me de uma história com Harry Maguire. Eu sou um homem pesado, peso 94 kg. O Harry Maguire, de alguma maneira, quando a bola me estava a chegar e depois de eu saltar e a dominar com o peito, pegou em mim como se fosse uma criança e arremessou-me", começou por afirmar.
"Caí direitinho de cara no chão, e o árbitro disse 'Segue jogo'. Eu pensei 'Como raio é que não consegues ver que pegaram em mim como se fosse uma criança? Ainda assim, essa não foi a pior decisão", prosseguiu, virando baterias para o já retirado árbitro, filiado na Associação de Futebol do Porto.
"A pior decisão foi nos quartos de final da Liga Europa, quando jogámos contra o Bayer Leverkusen e perdemos. Essa foi a pior arbitragem que vi na minha vida. Não houve uma única decisão a meu favor. Podia ter-lhe dado um soco na cara. Se não fosse pela suspensão vitalícia, teria havido uma luta no relvado", rematou.
"Não me lembro do acidente"
Na mesma entrevista, Michail Antonio, avançado de 35 anos de idade, confessou não guardar qualquer tipo de recordação do violento acidente de viação que sofreu em dezembro do passado mês de 2024, e ao qual só sobreviveu por pura sorte.
"O mais louco de tudo isto é que toda a gente no mundo viveu mais aquele acidente do que eu. Ainda que tenha sido eu a estar lá, não o vivi, porque não me lembro de nada. Não me lembro do acidente, não me lembro de entrar para a sala de operações, não me lembro de sair da sala de operações... Houve muitas emoções pelo meio, o meu corpo lembra-se de coisas, ainda que a minha mente não se lembre", referiu.
"Aquilo que aprendi com o acidente de carro é que o futebol é importante, mas a tua saúde é mais importante. Houve muitas coisas que não parava de retrair, coisas que continuava a não fazer, porque estava a ser preguiçoso. Eu dizia a toda a gente 'Quero ir à televisão, quero ser apresentador, quero ter o meu podcast...', mas, na verdade, nunca fui atrás disso. Pensava que seria feito a seu tempo, mas esse tempo quase não me restava, uma vez que quase morri", completou o avançado natural de Londres.
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