Segundo explica a agência de notícias francesa, Johan Floderus foi detido a 17 de abril de 2022 no aeroporto de Teerão quando regressava a casa depois de umas férias com amigos no Irão.
"É o 33.º aniversário de Johan. Ele devia estar connosco a festejar. Deve ser libertado imediatamente e autorizado a regressar a casa", apelou a família de Johan Floderus, em comunicado citado pela AFP, que inclui uma fotografia do jovem tirada em 07 de agosto durante a única videochamada que lhe foi permitida desde que foi detido.
O cidadão sueco, que trabalhava em Bruxelas para a delegação da União Europeia no Afeganistão desde setembro de 2021, está detido na prisão de Evin, em Teerão.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, revelou na terça-feira a identidade do sueco, assegurando que a União Europeia está a "trabalhar sem descanso" para obter a libertação de Johan Floderus.
Em julho de 2022, o Irão anunciou a detenção de um sueco acusado de espionagem, numa altura em que as relações entre Teerão e Estocolmo estão tensas.
O anúncio daquela detenção ocorreu duas semanas depois de um cidadão iraniano ter sido condenado na Suécia a prisão perpétua pelo papel que desempenhou nas execuções em massa de milhares de opositores ao regime iraniano em 1988.
Hamid Noury, antigo diretor de uma prisão iraniana, foi considerado culpado por um tribunal de Estocolmo de "crimes agravados contra o direito internacional" e "homicídio".
Vários países ocidentais acusam o Irão de estar a fazer uma "diplomacia da tomada de reféns", que consiste em prender cidadãos ocidentais para obter concessões como a libertação de cidadãos iranianos.
Johan Floderus é "mais uma vítima do padrão alarmante do Irão de manter reféns estrangeiros para fins políticos", afirmou a família do sueco.
"As condições em que Johan Floderus está detido, numa cela com iluminação permanente, são inaceitáveis", denuncia a família, descrevendo que "as necessidades alimentares, de passeios, exames médicos e muitas outras coisas não estão a ser satisfeitas".
O sueco passou "mais de 300 dias em isolamento", é ainda denunciado, e foi autorizado a receber "muito poucas" visitas consulares, tendo sido autorizado a fazer uma breve chamada telefónica por mês, desde fevereiro.
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